O vereador Teonilo do Garra tem se destacado no cenário político de Codó, não por projetos ou iniciativas em benefício da população, mas por sua postura de denunciar colegas de parlamento sob a acusação de fraude na cota de gênero. Recentemente, Teonilo e o vereador André Jansen ingressaram com uma ação pedindo a cassação do diploma do vereador Dedé do Zé Garimpeiro, alegando irregularidades na composição da nominata de seu partido. O mesmo ocorreu com os parlamentares Valber Cabral e Domingos Reis, o que levou a Justiça Eleitoral a abrir investigação sobre o caso.

A iniciativa de Teonilo, no entanto, levanta questionamentos sobre suas reais intenções. Em vez de focar no fortalecimento do legislativo ou em pautas que tragam avanços para a cidade, ele tem se dedicado a ataques direcionados a seus colegas vereadores. A ação, embora travestida de zelo pela legalidade eleitoral, não passa de uma estratégia política para desestabilizar seus adversários.

Curiosamente, as próprias alianças e histórico do vereador não o colocam como um defensor intransigente da moralidade política. A seleção seletiva de alvos para suas denúncias reforça a percepção de que Teonilo utiliza a Justiça Eleitoral como ferramenta para perseguir outros vereadores, em vez de promover um debate amplo e transparente sobre o sistema político de Codó.

O uso de denúncias como arma política é uma prática que enfraquece o debate público e desvia o foco dos problemas reais enfrentados pela população. Codó tem desafios urgentes, como infraestrutura, saúde e educação, que necessitam de um parlamento atuante e comprometido. A sociedade precisa de representantes que trabalhem por soluções concretas, e não de políticos que se concentram em disputas de bastidores para minar seus concorrentes.

O vereador Teonilo tem todo o direito de buscar a justiça quando identificar irregularidades, mas o faz de maneira seletiva, visando apenas prejudicar seus desafetos. Se o compromisso fosse realmente com a legalidade e a ética, sua fiscalização não se restringiria apenas a partidos e candidatos adversários, mas a todo o sistema político local, incluindo aliados.

Resta saber se a população codoense continuará aplaudindo esse tipo de estratégia ou se cobrará de seus representantes uma postura mais produtiva e alinhada com os interesses do povo.