Em algum momento da sua vida, provavelmente você já viu um Cão policial desenvolvendo algum trabalho de segurança na companhia de um amigo humano. Se não, acredito que tenha visto em filmes e séries na televisão. Esse trabalho entre o cão e o homem vem de longas datas, onde em certas épocas, os cães eram usados na caça ou na proteção de propriedades.
Atualmente, esse trabalho conjunto entre o homem e o animal tem sido primordial na área da segurança pública no mundo, e no Maranhão não seria diferente, pois a Polícia Civil do Maranhão com a criação no Núcleo de Operações de Cães (NOC) tem conseguido grandes destaques no que tange o combate à criminalidade, mais especificamente o combate ao tráfico de drogas no Estado.
O canil da Polícia Civil do Estado do Maranhão, instalado na sede da Superintendência Estadual de Repressão ao Narcotráfico (SENARC), foi fundado no dia 8 de novembro de 2016 como uma ferramenta a mais no combate ao tráfico de entorpecentes no Estado. Inicialmente os trabalhos começaram com a chegada do K-9 Viny que deu início aos trabalhos dos cães de detecção na PCMA.
Esses cães de linhagem são escolhidos para atuação policial e recebem treinamento desde muito cedo, dos primeiros meses de nascidos até fase adulta. Tal treinamento se inicia nos meses iniciais de vida com a socialização, habituação a atividade polícia até chegar ao treinamento específico de detecção. No NOC, os cães recebem cuidados especiais que vão do acompanhamento veterinário até a alimentação, bem-estar e controle sanitário.
O Núcleo de Operações com Cães (NOC) é demandado principalmente pela Superintendência Estadual de Repressão ao Narcotráfico (SENARC), porém disponibilizado para outras superintendências e delegacias tanto da capital como do interior do Maranhão. Atualmente são três cães no plantel utilizados exclusivamente como cães de faro para entorpecentes e armas, são eles: K-9 Viny, K-9 Baruk, K-9 Allu e que em breve contaram com o apoio do K-9 Barney.
O núcleo atua em apoio as unidades operacionais da Polícia Civil do Maranhão no cumprimento de mandados de busca. Mas também atuam na verificação de informações onde há a possibilidade de drogas ou armas escondidas. Além disso, são realizadas buscas em terrenos, edificações, busca veicular dentre outras. A Polícia Civil maranhense muita das vezes oferece apoio em ações da Polícia Rodoviária Federal, Polícia Federal, forças armadas e outros órgãos de segurança pública.
Segundo a coordenação no núcleo de cães, desde de 2016, já se contabiliza mais de 500 operações com a participação direta dos cães farejadores da PCMA que resultaram na apreensão de dezenas de armas e mais de duas toneladas de drogas dos mais variados tipos, grande parte maconha.
“Os cães são ferramentas qualificadas de busca. Pois com o auxílio desses cães conseguimos revistar e buscar materiais ilícitos em um menor espaço de tempo e com uma eficiência maior, economizando efetivo policial para tal”, disse o investigador Diego Santos.
Depois que os cães localizam a substância procurada, a responsabilidade de recolher o material é dos policiais da investigação. Os animais facilitam muito no cumprimento aos mandados de buscas e apreensão, pois muitas das vezes os entorpecentes estão escondidos em lugares de difícil localização por parte do homem. Na pratica, o cão só não acha drogas, se não tiver.
Por fim, quando a gente vê um policial na companhia de um cão em uma ação policial, nem imagina magnitude da relação que há entres os dois. É louvável que eles prestam um trabalho a sociedade com base em uma relação que envolve amor, cumplicidade e dedicação em nome da segurança pública.
Por: Anselmo Oliveira
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