Servidores municipais de Codó, que trabalharam durante o mês de dezembro, seguem enfrentando dificuldades devido à falta de pagamento dos salários. Apesar das reiteradas cobranças, o governo do prefeito Chiquinho do PT tem se mantido em silêncio ou adotado uma postura insensível, como a do secretário de administração, que chegou a orientar os trabalhadores a procurarem a Justiça para receber seus vencimentos.

Um servidor, que preferiu não se identificar, desabafou sobre a situação: “Trabalhei em dezembro e não recebi. Hoje pela manhã cortaram minha água porque estou em débito do ano passado. É uma molecagem! Esse homem é mercenário”, afirmou.

A indignação dos trabalhadores cresce à medida que o governo, que alega não ter recursos para quitar os salários atrasados, anunciou a realização de 12 dias consecutivos de Carnaval em Codó. O evento, inédito em sua duração na história do município, deve custar pelo menos R$ 3 milhões, conforme estimativas.

O contraste entre a falta de pagamento dos servidores e o investimento no Carnaval tem gerado revolta entre a população. Para muitos, a decisão do prefeito demonstra insensibilidade com aqueles que dependem dos salários para sobreviver. “Como pode faltar dinheiro para pagar quem trabalhou, mas sobrar para festas?”, questionam os codoenses.

Desde o início do ano, diversas denúncias foram feitas sobre a situação dos salários atrasados. Funcionários de serviços gerais, professores contratados e seletivados estão entre os mais prejudicados. Em janeiro, a gestão Chiquinho do PT foi acusada de não cumprir promessas de regularizar os pagamentos, deixando centenas de famílias em situação de vulnerabilidade.

Enquanto isso, a programação do Carnaval já está sendo amplamente divulgada, com a promessa de grandes atrações e movimentação econômica na cidade. Porém, para os servidores que ainda não receberam seus salários, a festa soa como uma afronta às dificuldades que enfrentam.

A insatisfação cresce e muitos cobram explicações do governo municipal, que parece priorizar o entretenimento em detrimento das obrigações básicas com seus trabalhadores.