Um casal acusado de causar a morte do próprio filho de três meses por overdose de cocaína foi preso em Praia Grande, no litoral paulista. Priscila Vancini Lopes, de 35 anos, foi detida após dar à luz a outra criança em um hospital da cidade, enquanto Wanderley de Araújo, de 48 anos, foi localizado pela Polícia Militar (PM) em atitude suspeita.
A morte do bebê ocorreu em maio de 2024, em Campinas (SP). Desde dezembro do mesmo ano, ambos estavam com mandados de prisão preventiva decretados pela Justiça. Eles deverão responder pelo crime de homicídio triplamente qualificado perante um tribunal do júri.
Prisão do casal
Priscila foi presa na tarde de quinta-feira (9), no Hospital Irmã Dulce, em Praia Grande, logo após dar à luz. Segundo o Boletim de Ocorrência (BO), policiais da Força Tática já haviam sido informados de que ela era alvo de um mandado de prisão e aguardavam sua alta médica para efetuar a detenção.
Cerca de duas horas depois, Wanderley foi encontrado no bairro Mirim, durante uma patrulha de rotina. Conforme o registro policial, os agentes abordaram dois homens em atitude suspeita na Rua 26 de Janeiro, sendo que um deles tentou esconder o rosto com um capuz. Após a abordagem, os policiais confirmaram que Wanderley era procurado pela Justiça. Ele apresentava sintomas de virose e, antes de ser levado à Central de Polícia Judiciária (CPJ), foi encaminhado ao Pronto-Socorro Central da cidade para atendimento médico.
Relembre o caso
No dia 10 de maio de 2024, Priscila e Wanderley levaram o filho de três meses já sem vida para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Padre Anchieta, em Campinas. A criança apresentava coágulos de sangue nas narinas.
À polícia, Priscila relatou que havia alimentado o bebê com uma mamadeira e o deixado dormindo na cama enquanto cuidava da filha mais velha, de 1 ano e meio. Ao retornar, percebeu que o filho estava com uma mancha roxa e sangue no nariz. Ela teria chamado Wanderley, que tentou socorrer o bebê e o levou à unidade de saúde.
O laudo necroscópico revelou que a causa da morte foi overdose de cocaína. Diante das evidências, o Ministério Público de São Paulo (MP-SP) concluiu que os pais administraram a droga à criança, embora o motivo para tal ato ainda seja desconhecido.
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