Garantir capacitação profissional e oportunidade de um futuro melhor às pessoas privadas de liberdade. Esse é o objetivo das ações desenvolvidas nos galpões de trabalho, instalados no Complexo Penitenciário de São Luís e na Unidade Prisional de Ressocialização Feminina (UPFEM). Nesses espaços, custodiados são capacitados e inseridos no processo de ressocialização por meio do trabalho.

Vice-governador Carlos Brandão em visita aos galpões de trabalho do Complexo Penitenciário de São Luís (Foto: Luiz Paula)

O vice-governador Carlos Brandão visitou, nesta sexta-feira (30), acompanhado do secretário de Administração Penitenciária (SEAP), Murilo Andrade, as instalações desses galpões onde funcionam: padaria, malharia, serigrafia, lavanderia, serralheria, marcenaria, fábrica de móveis, fabricação de blocos de concreto e meio-fio, dentre outras atividades.

“Uma visita muito especial. Um trabalho que está sendo feito para a ressocialização dos internos e para atender as demandas do Governo do Estado, a exemplo da confecção de fardamento escolar e a fabricação de blocos de concreto para obras do programa Rua Digna. Um modelo revolucionário para o Brasil, que valoriza e dá oportunidade para que essas pessoas tenham um trabalho lá fora”, enfatizou o vice-governador.

O sistema penitenciário conta com 10 galpões nas unidades prisionais de ressocialização, e mais 14 estão sendo construídos. Os galpões são multiusos; além das oficinas de trabalho, são projetados com laboratórios para cursos e ambiente para ensino de Educação à Distância (EaD). 

“Esse trabalho que vem sendo feito nas 46 unidades prisionais de ressocialização do Estado e nas sete Associações de Proteção e Assistência aos Condenados (APACs) vai além do cumprimento da pena, os internos e as internas aprendem uma profissão e ainda estudam, o que levou o Maranhão a obter, em nível nacional, o primeiro lugar em trabalho e educação”, disse o secretário da SEAP, Murilo Andrade.

Nas malharias, estão sendo produzidos pelos internos 350 mil uniformes escolares para alunos da rede estadual de ensino, que serão entregues neste primeiro semestre. 

Até o final do ano, o sistema penitenciário contará com 100 fábricas de blocos sextavados em pleno funcionamento. 

Na serralheria, são recuperados 250 conjuntos de carteiras escolares por semana. A meta é recuperar 5 mil neste primeiro semestre; 1.250 já foram reformados e entregues para a Secretaria de Educação (Seduc), parceira do programa.

Internas falam com orgulho das atividades de ressocialização (Foto: Luiz Paula)

A interna Cícera Célia, integrante da Cooperativa Cuxá – projeto que reúne 41 custodiadas em atividades de costura e bordado -, falou com orgulho das atividades desenvolvidas pelo sistema prisional e agradeceu ao Governo do Estado. 

“Aqui, existiam mulheres que não sabiam ler e nem escrever e hoje são alfabetizadas. Onde que, dentro de um sistema prisional, a educação é prioridade? Eu posso dizer que, agora, vivemos uma nova história. Pedrinhas não é o fim, mas sim, um novo começo”, declarou emocionada.