A partir de amanhã, Codó terá um novo prefeito. Camilo Figueiredo assumirá o comando do município em uma manobra política que está sendo considerada sem precedentes na história local. Ele chega ao cargo não pelo voto popular, mas por uma decisão da Câmara Municipal, que deve cassar o mandato do atual prefeito, Zé Francisco.

A sessão, programada para ocorrer amanhã, às 9h, tem como pauta o julgamento de supostas irregularidades cometidas durante o mandato de Zé Francisco. Contudo, o desfecho já está definido: a cassação será aprovada pela maioria dos vereadores. O foco não é a investigação dos fatos, mas sim a destituição do prefeito para deixá-lo inelegível e abrir espaço para Camilo Figueiredo.

A decisão de cassar o prefeito no final de seu mandato levanta suspeitas de que a ação foi estrategicamente planejada após o resultado das eleições. Caso Zé Francisco tivesse saído vitorioso no pleito, o cenário certamente seria diferente, não havendo qualquer tipo de denúncia contra seu governo.

Votos definidos

O Marco Silva Notícias descobriu que a articulação para a cassação já conta com o apoio de 14 vereadores: Araújo Neto, Evimar Barbosa, Delegado Rômulo, Leonel Filho, André Jansen, Galileia, Raimundo Carlos, Gracinaldo, Antônio Luz, Itamar da Saúde, Rodrigo Figueiredo, Valdeci Calixto, Dedé do Zé Garimpeiro e Wanderson da Trizidela.

Quatro vereadores se posicionaram contra a cassação, defendendo que Zé Francisco deveria concluir seu mandato: Dr. Mendes, Domingos Reis, Pastor Max e Leda Torres.

O vereador Dr. Nelson, que se declara independente, afirmou ainda não ter decidido seu voto, mas sugeriu que poderá se posicionar contra a cassação.

Repercussão

O caso tem gerado intensa discussão entre os moradores de Codó, divididos entre críticas à gestão de Zé Francisco e indignação com o momento e a forma como a cassação está sendo conduzida. A sessão promete ser um marco vergonhoso na política local, com consequências que podem repercutir além do término do mandato atual.