O vereador Leonel Filho usou termos homofóbicos para se referir a blogueiro na noite desta terça-feira (2), durante a discussão de um requerimento na sessão da Câmara Municipal de Codó (MA).

Os parlamentares estavam criticando a empresa Equatorial Maranhão quando Leonel Filho decidiu falar mal de um blogueiro. Sem citar nomes, o vereador disse que acha que o profissional da imprensa é homossexual e atacou a família do blogueiro.

Aí tem uns blogs que não gostam da gente, né. Logo a gente não dá dinheiro para alguns blogs, aí já viu, a revolta é grande. Aí, tem um aí, um rapaz que eu não sei se é gay, mas eu acho que ele é, eu sei que na rua dele ninguém gosta dele, porque lá a ‘severgonhice’ desses machos é tipo dois gatos no cio (…). Essa ‘severgonhice’ ninguém gosta quem falem, mas lá a vizinhança tá toda incomodada.já mandaram prender até o irmão e até o pai deles. Pra você ter uma ideia, isso é filho. Rapaz, quando o cara vira ‘Cavalo do Cão’ pode inventar coisa”, disparou o vereador.

Leonel Filho continuou com suas falas preconceituosas e disparou contra os homossexuais. Afirmando que não homofóbico, o vereador disse alguns gays sãos “verdadeiros satanás”.

Eu não sou homofóbico não, pelo contrário, tenho uns amigos, tenho muitos amigos gays que me ajudam e são pessoas de bem. Agora tem uns de má fé, que ainda querem se travestir com a bíblia debaixo do braço, mas são uns ‘verdadeiros satanás’. Mas diz que nessa época agora o cão ia travestir mesmo de gente boa. Então, a gente vai ter que segurar muito na mão de Deus viu ‘Dominguim’ (…)”, finalizou Leonel.

https://www.youtube.com/watch?v=dsYXagp2w1E

O que diz a legislação?

A criminalização da homofobia e da transfobia foi permitida pelo Supremo Tribunal Federal (STF) em decisão de junho de 2019. Por 8 votos a 3, os ministros consideraram que atos preconceituosos contra homossexuais e transexuais passariam a ser enquadrados no crime de racismo.

Com a decisão do STF, o Brasil se tornou o 43º país a criminalizar a homofobia, segundo o relatório “Homofobia Patrocinada pelo Estado”, elaborado pela Associação Internacional de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Transexuais e Intersexuais (Ilga).