Eleito em 2016 com 695 votos, o vereador codoense Junior Oliveira teve seu nome citado em um áudio que foi enviado ao nosso blog. O parlamentar é acusado de ter comprado votos de um grupo de pessoas que não tiveram seus nomes relevados.
Em entrevista que foi gravada pelo carnavalesco Ruy Rey, uma mulher revela que Junior Oliveira pagou a quantia de R$ 30 por cada voto. A denunciante diz ainda que esteve, com mais um grupo de pessoas, na casa do então candidato a vereador. No local foi acertado os detalhes do pagamento e foi prometido uma vaga de emprego caso Junior Oliveira conseguisse ser eleito.
A mulher afirma que recebeu o valor combinado, no entanto o emprego prometido até agora não saiu.
“É tipo assim, o Ruy chegou na minha casa convidando pessoas e que eu convidasse mais pessoas, eu convidei umas 10 pessoas ou mais e a gente foi pra casa dele. Em uma tarde, e lá teve uma reunião e o rapaz falou que era R$ 30 em uma gratificação e uma vaga de emprego, e realmente ele virou foi as costas pra gente. Assinamos um documento, levamos CPF, título, aí quando foi próximo a eleição a gente pegou os R$ 30 pela manhã e saímos pra votar”, disse a mulher identificada apenas como coordenadora do grupo.

https://www.youtube.com/watch?v=QMSS6CJCc6Q

Compra de votos é crime
A compra e a venda de votos são crimes previstos na lei. A pena pode chegar a quatro anos de reclusão, segundo o artigo 299 do Código Eleitoral. Pratica o crime de compra de votos quem doa, oferece, promete ou entrega ao eleitor, com o fim de obter-lhe o voto ou a falta dele, bem ou vantagem pessoal de qualquer natureza, inclusive emprego ou função pública.
A captação ilícita de sufrágio (compra de votos) é ilícito eleitoral punido com a cassação do registro ou do diploma do candidato e multa, de acordo com o artigo 41-A da Lei das Eleições (Lei nº 9.504/1997), e inelegibilidade por oito anos, segundo a alínea ‘j’ de dispositivo do artigo 1º da Lei Complementar nº 64/90 (Lei de Inelegibilidades), com as mudanças feitas pela Lei da Ficha Limpa (LC nº 135/2010).
Outro lado
Entremos em contato com o vereador Junior Oliveira, no entanto ele afirmou que não iria se manifestar sobre a denúncia.