A Universidade Estadual da Região Tocantina do Maranhão (UEMASUL), em consonância com o Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI), tem proporcionado, por meio de estímulos de caráter técnico, estrutural e financeiro, políticas públicas de incentivo à permanência dos acadêmicos na universidade e programas de consolidação da cultura de pesquisa e produção científica, inovação e extensão.

UEMASUL estimula a permanência dos estudantes na universidade (Foto: Divulgação)

Ao longo dos últimos cinco anos, de 2017 até julho de 2021, foram investidos mais de R$ 3 milhões nos programas institucionais de bolsas para os estudantes. Ano após ano, o quantitativo de bolsas ofertadas aumentou de forma significativa, mesmo com a situação de crise econômica e de saúde pública, decorrente da Covid-19, pela qual o Brasil atravessa.

Na 22ª Reunião do Conselho Universitário, realizada no dia 19 de agosto, foi aprovada e homologada a Resolução nº 140/2021, que aumentou de 70 para 80 as cotas de bolsas da UEMASUL do Programa Institucional de Iniciação Cientifica (PIBIC). Ainda em agosto, houve um aumento de 10 cotas de bolsas para pesquisas de iniciação científica, provenientes da Fundação de Amparo à Pesquisa e ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico do Maranhão (Fapema), ampliando para 80.  

“O aumento de bolsas para o Programa de Iniciação Científica para os alunos é de muita importância. Mesmo em meio à pandemia da Covid-19, com todos os atrasos de algumas pesquisas e outras que nem puderam ser concluídas como deveriam, sentimos a necessidade de aumentar. São mais 10 da UEMASUL e 10 da Fapema, um total de 20 bolsas. Com a chegada de novos professores, surgiram mais vagas e a concorrência ficou maior. Com esse aumento, mais professores poderão ser incluídos”, explicou a pró-reitora de Pesquisa, Pós-graduação e Inovação, professora Maria da Guia Taveiro Silva.

Atualmente, são ofertados aos alunos e alunas da UEMASUL o Programa Institucional de Iniciação Científica (PIBIC), Programa Institucional de Iniciação à Extensão (PIBEXT), Programa de Bolsa de Apoio Técnico Institucional (BATI), Programa Institucional de Iniciação em Desenvolvimento Tecnológico e Inovação (PIDTI), Programa de Bolsa Permanência, Programa de Tutoria Cursinho Popular, Programa de Monitoria, Bolsa Trabalho, Bolsa Mais IDH e Programa de Estágio Remunerado não obrigatório. Os programas têm ampliado e fortalecido as dimensões básicas do ensino, da pesquisa, da extensão e da inovação, que são os pilares da universidade.

Pesquisa

Wanderson Lima Cunha, acadêmico do curso de Ciências Biológicas, recebe incentivo para ser cientista (Foto: Divulgação)

Na área da pesquisa, o PIBIC promove atividades de pesquisa, desenvolvimentos tecnológicos, culturais e de inovação, dando oportunidade de trabalhos de pesquisas nas áreas da ciência e inovação, contribuindo para a formação acadêmica e profissional do estudante. No ciclo 2020/2021, que está se encerrando, foram ofertadas 70 bolsas PIBIC/Fapema, 70 bolsas PIBIC/UEMASUL, 10 bolsas PIBIC/CNPq, 5 bolsas PIDTI e 10 bolsas BATI. Para o ciclo 2021/2022, estão sendo ofertadas 80 bolsas PIBIC/FAPEMA, 80 bolsas PIBIC/UEMASUL, 10 bolsas PIBIC/CNPq, 20 PIBITI e 10 BATI, totalizando 200 bolsas.

O acadêmico bolsista de Iniciação Científica Wanderson Lima Cunha está no último período do curso de Ciências Biológicas. Sob orientação da professora Ivaneide Nascimento, ele desenvolve um projeto que busca melhorar a resistência do feijão-Caupi por meio da utilização de um fungo, beneficiando diretamente produtores da agricultura familiar na Região Tocantina.

“Participar desse projeto é a possibilidade de me tornar um cientista e com a minha ciência levar conhecimentos para a comunidade. E principalmente para meus pais, que são pequenos agricultores. Essa oportunidade de estar na iniciação científica é também a possibilidade de realizar um sonho, o sonho de ser cientista”, comentou Wanderson Lima Cunha.

Os programas de iniciação científica estimulam professores pesquisadores a incluírem estudantes em atividades científicas, desenvolvimento tecnológico e inovação, despertando a vocação científica dos estudantes. Os projetos desenvolvidos contribuem para a formação de recursos humanos na realização de projetos que envolvam inovação tecnológica, com o objetivo de acelerar o processo de expansão do quadro de pesquisadores atuantes na Região Tocantina. 

Extensão

Na extensão, as atividades são desenvolvidas pelo Programa Institucional de Bolsas de Extensão (PIBEXT) e pelo Programa Mais IDH, que estimulam a participação de professores e estudantes no desenvolvimento de ações junto às comunidades, promovendo a socialização e integração entre os conhecimentos acadêmicos e os saberes locais. Os programas beneficiam, atualmente, 40 estudantes, com previsão de aumento de mais 10 bolsas do Mais IDH ainda no segundo semestre de 2021.

Uma das estudantes beneficiadas com bolsa do PIBEXT é a acadêmica Ariele da Silva, do oitavo período do curso de Pedagogia, que faz parte do projeto de extensão “Memória e patrimônio cultural dos povos Timbira: significando os artefatos e indumentárias pelo discurso dos indígenas”.

“Este projeto me ajuda na vivência de novas experiências, todos os dias; me desafia, me estimula e me faz viver a interculturalidade no sentido pleno, fazendo com que eu aprenda, cada vez mais, sobre os povos originários. Em minha vida pessoal, eu aprendi a ter mais consciência e respeito por outras culturas, além de valorizar cada fala e reflexão que fazemos nos grupos de estudo”, contou Ariele da Silva, destacando como a experiência de participar do projeto de extensão impacta na sua vida acadêmica e pessoal.

Assistência estudantil

Francivan Almeida Silva, do curso de História, está no Núcleo de Estudos Africanos e Indígenas (Foto: Divulgação)

Um dos principais programas de assistência estudantil da UEMASUL, o Bolsa Permanência, proporciona auxílio financeiro aos alunos em situação de vulnerabilidade socioeconômica, com cotas para indígenas e quilombolas. O auxílio contribui para a permanência dos estudantes na universidade, reduzindo as taxas de retenção e evasão, minimizando os efeitos das desigualdades sociais e regionais na permanência e conclusão da educação superior. 

O programa foi lançado em 2017, quando foram disponibilizadas inicialmente 33 bolsas. Com um aumento de mais de 300%, hoje o Bolsa Permanência beneficia 138 acadêmicos e acadêmicas.

Um dos beneficiados é o acadêmico Francivan Almeida Silva, que cursa o quinto período do curso de História e recebe a bolsa desde que começou o curso. Morador do município de Açailândia, Francivan precisava se deslocar, todos os dias, para o campus Imperatriz. 

“Ir todos os dias para Imperatriz estava ficando inviável, era um valor muito alto e ainda tinha a alimentação. Eu saía de casa às 5h da manhã e retornava para casa às 14h da tarde. Passava mais tempo dentro de uma van do que estudando na universidade. A bolsa me possibilitou custear essa viagem, a alimentação e ainda a pensar em alugar uma casa com amigos para morar em Imperatriz”, explicou o estudante de História.

Francivan Almeida Silva conta ainda como foi fundamental morar perto da universidade e sobre os benefícios adquiridos por meio do Bolsa Permanência. “Morando em Imperatriz, eu pude participar de projetos e de núcleos de estudos que não conseguia participar morando em Açailândia”. 

A bolsa, segundo Francivan Almeida Silva, proporcionou a ele um contato mais próximo com professores e com a própria instituição. “A bolsa é algo bem marcante na minha história na universidade. Atualmente trabalho no Núcleo de Estudos Africanos e Indígenas, o NEAI, de forma remota, o que é bastante enriquecedor. O que construí como acadêmico foi graças ao programa Bolsa Permanência, que me trouxe inúmeros benefícios. Não é só um auxílio financeiro para o estudante, mas insere o estudante dentro da universidade, desempenhando atividades para seu crescimento como profissional”.

O acesso aos programas institucionais de bolsas é feito por meio de editais, coordenados pela Pró-reitoria de Pesquisa, Pós-graduação e Inovação (PROPGI) e pela Pró-reitoria de Gestão e Sustentabilidade Acadêmica (PROGESA). Prestes a completar cinco anos, a UEMASUL, mesmo em meio às adversidades, seguiu crescendo na pesquisa, na extensão e na inovação, cumprindo o seu papel de produzir e difundir conhecimentos, promovendo o desenvolvimento regional.