Após os deputados federais eleitos Nikolas Ferreira (PL-MG) e Gustavo Gayer (PL-GO) terem contas suspensas nas redes sociais por decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o vídeo do canal “La Derecha Diário” no YouTube com informações falsas sobre as eleições brasileiras, do consultor Fernando Cerimedo, também foi retirado do ar. Cerimedo, amigo do deputado federal Eduardo Bolsonaro, fez uma live no canal em que são levantadas diversas suspeitas falsas sobre as urnas eletrônicas e fraude nas eleições do último domingo. O vídeo foi compartilhado tanto por Nikolas quanto por Gayer. O processo no TSE está sob sigilo.
Na live divulgada com a hashtag #BrazilWasStolen, Cerimedo afirma que teria recebido um relatório do Brasil com dados que apontam fraudes nas urnas. Ele sustenta que cinco modelos de urnas eletrônicas teriam sido usadas nas eleições deste ano. E que somente o modelo 2020 dos equipamentos seriam auditáveis e teriam sido submetidos a teste, o que é falso. Ele afirma ainda que os modelos antigos registrariam mais votos para Luiz Inácio Lula da Silva (PT), eleito presidente no último domingo, do que para Bolsonaro, o que também é fake news.
Em nota, o TSE informou que todos os modelos, antigos e novos, foram testados e auditados. E ressalta que os equipamentos antigos já estão em uso desde 2010 (para as urnas modelo 2009 e 2010) e que todos foram utilizadas nas Eleições 2018.
“Nesse período, esses modelos de urna já foram submetidos a diversas análises e auditorias, tais como a Auditoria Especial do PSDB em 2015”, informa.
Ainda de acordo com o TSE, as urnas eletrônicas modelo 2020 também passaram por testes e “não foi encontrada nenhuma fragilidade ou mesmo indício de vulnerabilidade”. “O software em uso nos equipamentos antigos é o mesmo empregado nos equipamentos mais novos (UE2020), cujo sistema foi amplamente aberto para auditoria dentro e fora do TSE desde 2021.”
Na sexta-feira, a live do consultor argentino chegou a ter 415 mil visualizações simultâneas. E as hashtags #BrazilWasStolen e #FoiFraude dividiam as primeiras colocações nos assuntos mais comentados do Twitter.
Após ter as contas suspensa, Nikolas criou novo perfil no Instagram onde nega ter divulgado fake news e diz que foi censurado. Procurado pelo GLOBO, Nikolas não quis se pronunciar neste sábado.
Com informações do Jornal O Globo
Tudo que vem de encontro ao interesse do sistema é falso. Veremos, a verdade está vindo a tona. Vai faltar cela.