O homem apontado como um dos envolvidos na morte do major da Polícia Militar André Felipe, ocorrida na última quarta-feira (30) no bairro São Francisco, em São Luís, já havia sido condenado por assalto em 2024, mas foi solto após decisão judicial. Caio Lúcio Camara dos Santos, agora investigado por latrocínio (roubo seguido de morte), cumpria pena em regime semiaberto há apenas cinco meses antes de se envolver no novo crime.

A condenação de Caio ocorreu após ele e um comparsa assaltarem o restaurante “Ao Redor Bistrô”, no Centro da capital maranhense, em plena luz do dia, no dia 27 de abril do ano passado. Na ocasião, os criminosos renderam clientes e funcionários. Ambos foram presos em flagrante e sentenciados a seis anos e oito meses de reclusão. No entanto, a 5ª Vara Criminal de São Luís determinou que a pena fosse cumprida em regime semiaberto, com liberação via alvará de soltura, fundamentada no tempo de prisão preventiva já cumprido.

Pouco tempo após voltar às ruas, Caio se envolveu em mais um episódio violento. Segundo as investigações, ele e Ailton Silva Júnior tentaram realizar um assalto em um posto de combustíveis, quando foram surpreendidos pelo major André Felipe. O policial foi baleado e não resistiu aos ferimentos. Durante a fuga, Ailton acabou morto em confronto com a polícia. Já Caio fugiu para a região dos Lençóis Maranhenses, mas decidiu se entregar dias depois.

De acordo com registros da polícia, Ailton também acumulava antecedentes criminais, incluindo adulteração de veículos e porte ilegal de arma de fogo.

O caso reacende o debate sobre a reincidência criminal e coloca em xeque a eficácia das decisões judiciais que colocam de volta às ruas indivíduos condenados por crimes graves, sem o devido acompanhamento e controle.