Planejado para ser o maior projeto de irrigação do Estado do Maranhão e um dos maiores do país, o Salangô ainda no início de sua construção, foi tomado pela corrupção e desvios de recursos. Dados colhidos pelo Tribunal de Contas da União (TCU), Ministério Público e pela Corregedoria Geral do Estado mostraram que o rombo chegou à quantia de quase R$ 70 milhões de reais, valor liberado para o projeto.

Depois de mais de 30 anos de descaso, a história do Projeto Salangô está tomando um novo rumo. A mudança está acontecendo graças ao Governo do Maranhão que vem realizando obras no local em um grande trabalho revitalização, iniciada no ano de 2015. Apenas em 2016, foram investidos R$ 2.790.885,48 em reformas e manutenção de equipamentos, além de infraestrutura de acesso.

Reunião no Palácio Henrique de La Rocque

Nesta quinta-feira uma importante reunião para discutir o projeto aconteceu no Palácio Henrique de La Rocque, e contou com a presença do vice Governador Carlos Brandão, do Superintendente de Reordenamento Agrário e Desenvolvimento Territorial – Pedro Belo, do Prefeito de São Mateus – Miltinho Aragão prefeito de São Mateus, presidente do Itema – Margareth Teixeira Mendes, e de outras autoridades.

Pedro Belo destacou a importância do Projeto Salangô para o Maranhão, o Superintendente afirmou que os investimentos que estão sendo feitos no local é um grande passo para o desenvolvimento da agricultura do estado.

“Atualmente, no Projeto Salangô, os agricultores plantam melancia, melão, milho verde, maracujá, maxixe e quiabo, além do arroz. O governo do Maranhão pretende em 2017 aumentar o investimento no local, aumentando assim a produção que deverá contar também com o cultivo de hortifrútis. Os investimentos que estão sendo feitos pelo atual governo no Projeto Salangô é sem dúvida um grande passo para o desenvolvimento e fortalecimento da agricultura do estado do Maranhão”, afirmou Pedro Belo.

Regularização fundiária

Cada agricultor receberá o incentivo do governo, com kit de irrigação para um hectare dos quatro a que cada um terá direito, após a finalização do processo de regularização fundiária no perímetro, que está a cargo do Instituto de Terras e Colonização do Maranhão (Iterma), que vem discutindo o processo com as associações de assentados.

“Sabemos que o sonho de cada agricultor do Projeto Salangô é ter o título da sua terra, para trabalhar e buscar recursos. Nosso objetivo é garantir que cada um tenha seu lote, dentro do que diz a lei”, explica a presidente do Itema, Margareth Teixeira Mendes.

Assistência técnica

O governo do Maranhão também dará apoio aos agricultores na comercialização dos produtos, ainda haverá a ampliação da assistência técnica, que será executada pela Sagrima em parceria com a Agência Estadual de Pesquisa e Extensão Rural (Agerp), que é comandada por Júlio César Mendonça Correa.