Um dos intelectuais mais importantes do país, o advogado, filósofo e professor Silvio Almeida defendeu, nesta segunda-feira (26/09), no ato Brasil da Esperança, que o voto no ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva carrega o sonho de um país que ainda não existiu, mais inclusivo. Para Almeida, que também é presidente do Instituto Luiz Gama, essa é a chance de um novo caminho para todos os excluídos.
“Que o nosso voto seja o pão para quem tem fome, o remédio e o leite para o doente, seja escola para todos, o trabalho e a vida digna, o afago em quem sofre, o abraço em quem tem medo e o braço contra os senhores de engenho que insistem em ainda dominar esse país”, disse ele. “Não votaremos olhando apenas para o passado e para o presente, mas para o futuro, olhando para a frente, para o que pode ser. Um futuro escrito por cada brasileiro e brasileira que teima em continuar existindo nesse país”.
Aplaudido de pé pela plateia que lotou o auditório Celso Furtado, no Anhembi, Silvio Almeida recordou a história de luta do povo brasileiro, sua capacidade de transformação e, principalmente, a esperança desse momento tão delicado em que o Brasil vive, com retrocessos, perda de direitos, fome, desemprego e um conjunto de violências que mira, principalmente, a população negra.
“O país nos maltrata, mas nós continuamos vivos, lutando, fazendo samba e amor até de madrugada, jogando boa, lutando, reivindicando, protestando. Imaginando um mundo melhor mesmo contra todas as estatísticas. E o dia dois de outubro será mais um capítulo dessa luta que está apenas no início. Dois de outubro marca o início de uma luta pelo Brasil”, destacou.
Voto carrega esperança
Silvio afirmou que o Brasil desejado é um país que ainda não existiu, com grandeza, dignidade e grandiosidade não vista, mesmos nos melhores momentos da história, e capaz de superar os grandes dilemas da dependência econômica, do autoritarismo e do racismo.
“Nosso voto carrega a esperança mais alta do povo brasileiro em todas as dimensões de sua história, sonho de liberdade e justiça, sonho cultivado por meus ancestrais que vieram acorrentados no fundo de um navio do continente africano e que nunca experimentaram essa liberdade, mas que agora experimentam essa liberdade em mim. Eles estarão comigo no dia 2 de outubro presidente. Eles também votarão no senhor para que um novo caminho se abra”.
Sílvio Almeida concluiu a fala emprestando de João Nogueira. “Que nosso voto sirva para aliviar o pranto de quem tanto sofreu, para anunciar o dia, para aliviar a noite e, especialmente, para anunciar a esperança de um mundo novo e a luta de um povo para viver em paz”.
Ascom
Meu voto, também, carrega a esperança de não ver um ladrão condenado na presidencia da republica