No dia 6 de maio, a política maranhense foi abalada pela notícia de que o deputado estadual Francisco Nagib (PSB-MA) estaria envolvido em um suposto esquema de “rachadinha” em seu gabinete na Assembleia Legislativa do Maranhão.

Apesar da repercussão massiva em todo o estado, o deputado adotou a tática do silêncio. Além disso, ele mandou os apresentadores da FCTV e FCFM, emissoras pertencentes à sua família, a não comentarem as denúncias de “rachadinha”.

Esta estratégia, vista como arriscada frente a acusações tão sérias, levanta questionamentos entre a população de Codó. Muitos acreditam que o plano de Francisco Nagib é abafar o caso e fazer com que os codoenses esqueçam as denúncias.

Mesmo com a gravidade das acusações, os membros da Comissão de Ética da Assembleia Legislativa do Maranhão não tomaram nenhuma providência até agora. Não há qualquer informação sobre a abertura de investigação contra o deputado, filho do empresário Chiquinho FC. A falta de ação levanta dúvidas: Estariam os deputados temerosos diante do poder do empresário codoense, ou estariam eles próprios envolvidos em esquemas semelhantes?

Passados quase cinco meses, a resposta de todos permanece a mesma: silêncio.

O esquema

As denúncias feitas por assessores e ex-assessores de Nagib apontam para um esquema ilegal no qual parte dos salários dos funcionários do gabinete seria desviada, com a obrigação de “devolver” uma quantia ao chefe de gabinete. Além disso, o deputado teria instruído todos os seus assessores a cancelarem seus planos de saúde, direcionando o valor – aproximadamente R$ 400 – também para o chefe de gabinete.

Segundo um dos assessores de Nagib, o dinheiro desviado nesse esquema é utilizado para remunerar aliados políticos, blogueiros, jornalistas e financiar eventos promovidos pelo deputado no interior do Maranhão.