O pastor Silas Malafaia fez duras críticas contra senadores que votaram na Comissão do Senado pela aprovação da liberação da jogatina no Brasil. Entre os senadores alvo de críticas do renomado pastor está a senadora maranhense Eliziane Gama (PSD).

Segundo Malafaia, a senadora que é membro da Igreja Assembleia de Deus no Maranhão, utilizou-se de uma manobra para apoiar a aprovação da jogatina. Ela mesmo presente no Senado Federal, sendo integrante titular da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), se ausentou da votação, dando lugar a um senador suplente que votou a favor da matéria.

A jogatina nada mais é que a liberação e legalização dos jogos de azar no Brasil, incluindo bingo, jogo do bicho e cassinos. Nesse sentido fica estabelecido a exploração dos jogos e define a tributação para casas de apostas e prêmios.

Segundo especialistas e o próprio Silas Malafaia, aprovação dessa matéria traz um mal social muito grande para as famílias, além de abrir brechas para acabar com a vida de pessoas.

Em sua manifestação o pastor critica a postura da Eliziane em se esquivar em se posicionar contra essa matéria que causará malefícios à sociedade.

‘‘Ela é titular da CCJ e não compareceu. Pra quê? Para o suplente votar a favor desse lixo moral. Uma mulher que é membro da Assembleia de Deus, que diz que tem valor cristão, sai, se ausenta da votação, fazendo jogo desse governo para algo que destrói jovens, homens, mulheres, idosos e família. Que a grana arrecadada não cobre o dano social. É pro povo cristão do maranhão nunca mais votar nessa mulher’’, disse Malafaia.

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Entenda:

A Câmara já havia aprovado a proposta em 2022, mas ela enfrentou resistência no Senado, especialmente por parte de parlamentares conservadores e movimentos sociais, resultando em vários adiamentos na discussão.

Nas últimas semanas, membros da bancada evangélica e outros parlamentares conservadores se mobilizaram para mudar votos de senadores, principalmente dos partidos de centro.

Com a aprovação na CCJ, o texto segue para o plenário do Senado. Se aprovado sem alterações, será enviado para sanção presidencial por Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

O texto põe fim à proibição de quase 80 anos, instituída por uma lei de 1946, e revoga partes da Lei de Contravenções Penais relacionadas a jogos de azar. A operação dos jogos terá que seguir critérios rigorosos, como valores mínimos de capital e origem lícita dos recursos. Apenas empresas com sede no Brasil poderão operar em locais previamente autorizados.

O Ministério da Fazenda será responsável pelo licenciamento, fiscalização e autorização de exploração dos jogos, podendo também criar uma agência reguladora. Somente maiores de 18 anos poderão jogar, e haverá restrições para ludopatas e pessoas interditadas judicialmente.