O secretário de Estado da Saúde, Carlos Lula, se reuniu nesta semana com titulares da Casa da Mulher Brasileira, do Departamento de Feminicídio do Maranhão e da Delegacia da Mulher para discutir a assistência em saúde a mulheres vítimas de tentativa de feminicídio. A proposta é construir um fluxo de atendimento em saúde, de modo a oferecer a essas mulheres assistência especializada.
Na oportunidade, foi sugerido também um protocolo que viabilize a realização de cirurgias reparadoras em unidades da rede pública estadual.
“A violência contra a mulher é algo repugnante. Nós, enquanto Governo do Estado, que estamos constantemente buscando formas de melhor servir e cuidar das pessoas em suas necessidades, buscamos ampliar o atendimento às mulheres vítimas de tentativa de feminicídio, acolhendo-as para garantir que recebam a assistência de que precisam para terem suas vidas de volta de forma plena e digna”, disse o secretário Carlos Lula.
A reunião foi uma sugestão da Casa da Mulher Brasileira, a partir dos casos de violência contra a integridade física e a vida de mulheres maranhenses. A proposta é que as vítimas que sofreram algum atentado, e que precisam ser submetidas a intervenção cirúrgica reparadora, possam fazer o procedimento em alguma unidade da rede pública estadual. Desde a sua implantação, a Casa da Mulher Brasileira já realizou mais de 190 mil atendimentos, entre denúncias de atos cometidos ou tentados.
“São mulheres que tiveram seus corpos marcados pela violência e que precisam ser reparados urgentemente pelo Estado. Com isso elas poderão retomar a autoestima, reorganizar a vida e seguir sem as marcas que o ato de violência deixou nelas”, afirmou a diretora da Casa da Mulher Brasileira, Susan Lucena.
A delegada de polícia e chefe do Departamento de Feminicídio, Wanda Moura Leite, destacou que a proposta de parceria visa a proteção das vidas. “A nossa proposta é que se pense para além da prevenção e repressão ao crime, é cuidar da vida dessas mulheres afim de que consigam se olhar no espelho sem medo ou vergonha e saírem em público sentindo-se fortes e vitoriosas”, pontuou Wanda.
Presente na reunião, a titular da Delegacia da Mulher, Kazumi Tanaka, disse que os casos de violência ganharam mais força durante o período pandêmico. “Não podemos ficar estagnados e limitados. É preciso atuar também na política pública e na prevenção, por isso ficamos muito felizes em perceber que o secretário Lula está priorizando um atendimento diferenciado a essas mulheres, que carregam os traumas e marcas em seus corpos”, disse.
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