Estudo chinês aponta conexão entre o uso prolongado do computador para lazer e riscos à saúde sexual masculina

Um estudo do Departamento de Urologia do Changhai Hospital, na China, identificou uma possível relação entre o tempo prolongado diante do computador para entretenimento e o aumento no risco de disfunção erétil. O levantamento analisou dados de mais de 200 mil homens para avaliar os efeitos desse hábito para a saúde masculina.

Publicado na revista Andrology, a pesquisa mostra que cada 1,2 hora adicional dedicada a atividades recreativas na tela pode elevar o risco de disfunção erétil em até 3,57 vezes. Os pesquisadores também observaram alterações nos níveis do hormônio folículo-estimulante em indivíduos que passavam mais tempo no computador. 

O hormônio está diretamente relacionado à regulação do sistema reprodutivo masculino, influenciando a produção de espermatozoides e o equilíbrio hormonal. Alterações em seus níveis podem comprometer a capacidade de atingir e manter uma ereção e a saúde reprodutiva.

Em meio a esse cenário, a adoção de medidas preventivas – como a prática regular de exercícios e a suplementação com maca peruana em pó – pode contribuir para a melhora da função erétil e a saúde dos homens.

Reduzir o tempo em frente às telas e inserir pausas ativas durante o dia também são medidas recomendadas no estudo que para evitar os impactos negativos do sedentarismo digital. Pequenas mudanças, como alongamentos regulares e a prática de exercícios físicos diários, podem melhorar a circulação sanguínea e minimizar os riscos da disfunção erétil.

Além disso, investir em uma alimentação rica em nutrientes e em suplementos naturais pode trazer benefícios para a saúde sexual masculina. A orientação é manter um estilo de vida equilibrado e buscar alternativas saudáveis para evitar os danos causados pelo excesso de tempo em frente às telas.

Tratamento para disfunção erétil

De acordo com o estudo “Disfunção Erétil – Diagnóstico e Tratamento”, realizado pela Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), o tratamento inicial para a disfunção erétil tem foco na intervenção farmacológica. Os inibidores da fosfodiesterase tipo 5 (IPDE5) – como sildenafila, tadalafila e vardenafila – são utilizados. 

Para os casos mais complexos, o estudo da UERJ aponta alternativas na segunda linha de tratamento. Entre essas, os dispositivos a vácuo utilizam pressão negativa para aumentar o fluxo de sangue nos corpos cavernosos, enquanto as injeções intracavernosas com alprostadil demonstram bons resultados, chegando a taxas de sucesso de até 90%.

No entanto, novas estratégias para a prevenção e o tratamento da disfunção erétil têm chamado a atenção de especialistas e pesquisadores. Em uma pesquisa, realizada pelo médico urologista Teo Zenico, do Hospital Morgagni-Pierantoni na Itália, também divulgada na Andrology, homens acometidos pela condição foram avaliados em busca de soluções que pudessem melhorar o desempenho sexual.

Os resultados apontaram que os indivíduos que incorporaram a maca peruana à dieta por quatro meses apresentaram melhoras na performance, quando comparados aos que não tiveram acesso ao tubérculo.

A alimentação também auxilia no tratamento da disfunção. Em entrevista à imprensa, a nutricionista Bárbara Coelho afirma que uma alimentação balanceada, rica em antioxidantes, vitaminas e minerais, é essencial para o bom funcionamento das glândulas endócrinas e para a manutenção da saúde cardiovascular. 

Complementando essas alternativas, Coelho destaca a importância dos nutrientes do complexo B – especialmente a vitamina B12 vegana, e a B6 – fundamentais para a produção de hormônios e neurotransmissores que regulam a libido e a função sexual masculina.