“Facilita muito a vida da gente que é trabalhador”, diz o vendedor ambulante Valmir Pinho, enquanto se serve de um prato fornecido por um Restaurante Popular de São Luís. São 52 unidades em todo o Maranhão, que já proveram 20.473.047 refeições desde 2015, início da ampliação da política de segurança alimentar pelo Governo do Estado. 

A facilidade expressa por Valmir está no acesso e no preço. Antes, só havia seis restaurantes, todos na capital. O crescimento em mais de 700% dos equipamentos é regionalizado, marcando presença nas cidades mais pobres, como as 30 que compõem o Programa Mais IDH. Lá, os pratos custam R$ 2. No resto do estado, a refeição continua barata: apenas R$ 3. 

O baixo custo é ainda mais vantajoso pela qualidade dos alimentos. As refeições são completas e balanceadas, tendo como ingredientes legumes e verduras da agricultura familiar. Além de promover boa alimentação, os Restaurantes Populares fomentam a produção de milhares de famílias maranhenses. 

“É um complemento a outras políticas de economia e geração de renda. Dá uma segurança ao nosso agricultor familiar de que parte da produção dele será adquirida pelo Governo”, ressalta o secretário de Desenvolvimento Social, Márcio Honaiser. 

Quem se beneficia são pessoas como Joedes de Moraes, agricultor familiar da Pindoba, no município de Paço do Lumiar. Ele fornece alface, couve e cebolinha para o Restaurante Popular do Bequimão, em São Luís. “Trago toda semana e também vendo na feira e forneço para outros programas. O bom daqui é poder entregar e saber que não vai ter nenhuma perda e ainda vou levar o dinheiro na hora”.

Protocolo sanitário na pandemia

Mesmo durante a pandemia, os Restaurantes Populares não pararam de funcionar. Passaram a oferecer as refeições em embalagens descartáveis para consumo fora dos refeitórios. Em setembro, os refeitórios voltaram a funcionar de forma mista, com higienização e distanciamento entre os usuários, e a opção de retirada dos pratos. 

O prestador de serviço Bráulio Neto fez uso do atendimento híbrido e aprovou. “Gosto muito do ambiente, e quando falo do ambiente é tudo. É o tratamento, sempre fui bem tratado”. 

Outros equipamentos

Além dos Restaurantes Populares, o Governo do Maranhão cuida da segurança alimentar das pessoas por meio das Cozinhas Comunitárias, dos Centros de Referência de Segurança Alimentar (Cresans) e do Banco de Alimentos. 

Além das refeições, a população também recebe orientações nutricionais e aulas de reaproveitamento dos alimentos nas Cozinhas Comunitárias e nos Cresans. Também voltado para orientação alimentar da comunidade, o Banco de Alimentos arrecada bons produtos que seriam descartados pelo comércio. Famílias carentes e instituições filantrópicas recebem as doações. 

Banco de Alimentos

Segundo o secretário Márcio Honaiser, um dos principais objetivos do Banco de Alimentos é combater o desperdício. “A gente tem mais de 40 parceiros, entre feiras e supermercados, que nos fornecem produtos de qualidade, mas não pode mais estar nas gôndolas por causa da aparência”, explica.  

Feita a triagem e limpeza, os alimentos são distribuídos para as mais de 50 entidades cadastradas. São legumes, frutas, verduras, grãos, cereais, massas frescas, carnes, aves, peixes, pães, bolos, leites e derivados. Mais de 10 mil pessoas foram beneficiadas em um ano de funcionamento. 

Localizado no Centro de Distribuição de Hortifrutigranjeiros (Ceasa), em São Luís, o Banco de Alimentos está em fase de expansão para atender mais pessoas. Mais de 120 toneladas de alimentos já foram distribuídas pelo equipamento de segurança alimentar.

PAA Leite

O Programa de Aquisição de Alimentos é outra forma de complementar a alimentação das famílias maranhenses e fomentar a produção local. A Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social (Sedes) executa o programa na modalidade Leite, o PAA Leite. 

“Os municípios que aderiram ao programa recebem o leite e distribuem de forma gratuita para quem precisa. Todo o leite distribuído é adquirido de pequenos produtores”, diz Honaiser. Segundo o secretário, o PAA Leite será ampliado para atender a região Tocantina. 

São 24 municípios participantes e 16 em processo de adesão ao PAA Leite. Mais de 30 mil pessoas já foram beneficiadas com as doações de leite somente em 2020.

Ascom