A recente reaproximação entre o vice-governador Felipe Camarão e o grupo político do governador Carlos Brandão, simbolizada pelo encontro estratégico entre Camarão e Marcus Brandão neste domingo (5), representa um revés significativo para as ambições do deputado estadual Francisco Nagib e de outros parlamentares que tentaram desestabilizar a atual presidência da Assembleia Legislativa do Maranhão.
A eleição para a presidência da Assembleia Legislativa do Maranhão (ALEMA), realizada no dia 13 de novembro, foi marcada por um empate histórico de 21 votos a 21, decidido pelo critério de idade. A deputada Iracema Vale (PSB) foi reeleita, frustrando uma articulação considerada como um golpe arquitetado por “forças ocultas”.
Logo após a eleição, Iracema Vale identificou cinco deputados que, segundo ela, traíram o governo de Carlos Brandão: Júlio Mendonça, Rodrigo Lago, Leandro Bello, Francisco Nagib e Carlos Lula. Esses parlamentares votaram em Othelino Neto, contrariando as expectativas da base aliada.
A reaproximação entre Camarão e o grupo de Brandão fortalece a coesão interna da base governista, dificultando para qualquer facção interna, incluindo a de Nagib, promover divisões ou contestar a liderança estabelecida. Com essa união renovada, as chances de sucesso de quaisquer manobras políticas contra a presidência da Assembleia diminuem consideravelmente, consolidando a posição de Iracema Vale e frustrando os planos de seus opositores.
Além disso, Francisco Nagib enfrenta desafios adicionais que podem enfraquecer sua posição política. Em maio de 2024, surgiram denúncias de envolvimento em práticas ilegais conhecidas como “rachadinha”, nas quais assessores seriam obrigados a devolver parte de seus salários ao deputado.
Em resumo, o fortalecimento da aliança entre Felipe Camarão e o grupo de Carlos Brandão representa um obstáculo significativo para Francisco Nagib e outros deputados que pretendiam desestabilizar a liderança da Assembleia Legislativa do Maranhão. A coesão reforçada da base governista dificulta a execução de quaisquer planos que visem alterar a configuração política estabelecida, assegurando a continuidade da atual gestão.
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