A vacinação é uma das principais formas de garantir a saúde e o bem-estar dos pets, prevenindo doenças graves e potencialmente fatais. Seja cão ou gato, manter o calendário vacinal em dia é um compromisso essencial para tutores responsáveis. Além de proteger o animal, a imunização também ajuda a prevenir a disseminação de zoonoses — doenças transmissíveis aos seres humanos.

Mas afinal, quais vacinas um pet deve tomar? A seguir, vamos esclarecer quais são as vacinas obrigatórias e opcionais, o momento ideal para aplicação, a importância das vacinas em filhotes e como manter seu amigo de quatro patas saudável ao longo da vida.

A importância da vacinação em pets

Assim como os humanos, os animais também estão suscetíveis a vírus, bactérias e outros agentes infecciosos. As vacinas atuam estimulando o sistema imunológico a produzir defesas contra esses agentes, evitando que o pet adoeça ou, caso seja contaminado, apresente sintomas mais leves.

Além de serem fundamentais para a saúde individual do animal, as vacinas contribuem para a saúde coletiva, reduzindo o risco de surtos de doenças em áreas com alta concentração de animais, como praças, parques e clínicas veterinárias.

Vacinas em filhotes: por que são indispensáveis?

As vacinas em filhotes são cruciais porque, nos primeiros meses de vida, o sistema imunológico ainda está em desenvolvimento. Mesmo recebendo anticorpos da mãe durante a amamentação, essa proteção natural diminui rapidamente, tornando o animal vulnerável.

O protocolo vacinal deve começar entre 6 e 8 semanas de vida, com reforços regulares até os 16 a 18 semanas. Nesse período, o pet recebe as chamadas vacinas múltiplas, que protegem contra diversas doenças em uma única aplicação.

Principais vacinas para cães

1. V8 ou V10 (Vacina Múltipla)

Essas vacinas são consideradas essenciais para filhotes e adultos. A V8 protege contra oito doenças e a V10 contra dez, entre elas:

  • Cinomose

  • Parvovirose

  • Hepatite infecciosa

  • Coronavirose

  • Leptospirose

  • Adenovírus tipo 1 e 2

Protocolo recomendado: Início entre 6 e 8 semanas, com três doses (com intervalo de 21 dias) e reforço anual.

2. Antirrábica

A raiva é uma zoonose fatal, sendo obrigatória por lei em muitos municípios brasileiros. A vacina protege o animal e evita a transmissão para humanos.

Protocolo recomendado: Primeira dose aos 3 ou 4 meses de vida e reforço anual.

3. Gripe Canina (Tosse dos Canis)

Indicada especialmente para pets que convivem com outros cães, essa vacina previne a traqueobronquite infecciosa, que pode evoluir para quadros respiratórios graves.

Protocolo recomendado: Uma dose inicial com reforço anual, podendo variar de acordo com a orientação do veterinário.

4. Leishmaniose

Recomendada em regiões onde a doença é endêmica. Além da vacina, o uso de coleiras repelentes é indicado para prevenir a picada do mosquito transmissor.

Protocolo recomendado: Três doses iniciais com intervalo de 21 dias e reforço anual.

Principais vacinas para gatos

1. V3, V4 ou V5 (Vacina Múltipla Felina)

Essas vacinas protegem contra doenças virais graves, como:

  • Panleucopenia felina

  • Rinotraqueíte

  • Calicivirose

  • Leucemia viral felina (no caso da V4 e V5)

  • Clamidiose felina (V5)

Protocolo recomendado: Início entre 6 e 8 semanas, com reforço após 3 a 4 semanas e aplicação anual.

2. Antirrábica

Assim como nos cães, a vacina contra a raiva é obrigatória e protege contra essa doença fatal.

Protocolo recomendado: Aplicação a partir dos 3 meses e reforço anual.

Vacinas opcionais: quando considerar?

Algumas vacinas não são obrigatórias, mas podem ser recomendadas com base no estilo de vida do pet e na região em que vive. Entre elas estão:

  • Giardíase (cães)

  • Bordetella bronchiseptica (gripe felina)

  • FIV (vírus da imunodeficiência felina – testagem prévia necessária)

O ideal é que um veterinário avalie o histórico do animal e indique as vacinas mais adequadas ao seu perfil.

Calendário vacinal: como manter o controle

Manter o controle do calendário de vacinação é essencial. O tutor deve guardar a carteirinha de vacinação atualizada e observar os prazos de reforço. Atrasos ou esquecimento de doses podem comprometer a eficácia da imunização e colocar a saúde do pet em risco.

Algumas dicas para manter tudo em ordem:

  • Anote os prazos na agenda ou aplicativo de lembretes;

  • Faça revisões anuais com o veterinário, mesmo que o pet esteja saudável;

  • Evite vacinar animais doentes ou com suspeita de enfermidades;

  • Certifique-se de que as vacinas sejam aplicadas por profissionais qualificados.

Investir na vacinação é uma forma de demonstrar amor, responsabilidade e cuidado com os pets. Iniciar esse cuidado ainda nos primeiros meses, com foco especial nas vacinas em filhotes, é a melhor maneira de garantir uma vida longa e saudável para cães e gatos.

Se você ainda não começou o protocolo vacinal do seu pet ou está em dúvida sobre as vacinas necessárias, procure um veterinário de confiança. A saúde do seu companheiro começa pela prevenção.