Mais de 10% da população brasileira convive com o diabetes, segundo dados do Vigitel Brasil. O país é o quinto lugar do mundo com maior incidência da doença, atrás apenas da China, Índia, Estados Unidos e Paquistão. Os dados alertam para a importância de conhecer mais sobre a enfermidade, que pode evoluir de forma silenciosa, já que, inicialmente, não há a manifestação de sintomas.
Há três formas mais comuns de desenvolvimento do diabetes: tipo 1, tipo 2 e gestacional. Todos são caracterizados pela hiperglicemia, que é o aumento da taxa de glicose no sangue.
Em geral, os portadores da doença apresentam uma dificuldade ou disfunção da produção e da ação da insulina no corpo, hormônio responsável por controlar a quantidade de açúcar no sangue e fornecer energia para o organismo.
A condição pode trazer consequências para a saúde do sistema cardiovascular, afetar os rins e dificultar a cicatrização de feridas em alguns membros, levando a amputação. A recomendação do Ministério da Saúde é informar-se sobre os diferentes tipos da doença e ter atenção aos fatores de risco e sinais da doença. O diagnóstico precoce pode evitar que a situação se agrave, dando início ao tratamento adequado.
Conheça as características do diabetes tipo 1
De acordo com a Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD), o tipo 1 da doença está ligado aos fatores autoimunes e hereditários. Por conta disso, o diagnóstico pode ser realizado na infância ou adolescência.
Nesse caso, o sistema imunológico ataca as células responsáveis pela liberação de insulina. A deficiência na produção do hormônio é a responsável pelo desenvolvimento do diabetes tipo 1.
No entanto, segundo a SBD, a condição não é a mais comum entre os diabéticos, correspondendo entre 5 a 10% dos casos. O tratamento consiste na aplicação de insulina, acompanhamento regular dos níveis de açúcar no organismo, dieta balanceada e atividades físicas.
Diabetes tipo 2 é o mais comum entre os diagnósticos
O tipo 2 da doença é o mais comum, correspondendo a 90% dos diagnósticos, segundo a SBD. As causas estão associadas à hiperglicemia, devido a fatores da síndrome metabólica, como obesidade, colesterol alto, hipertensão e outros.
Dessa forma, a doença tem relação com o estilo de vida, sendo mais comum em adultos. Porém, o sedentarismo, o sobrepeso e a má alimentação também podem provocar o desenvolvimento de diabetes tipo 2 em crianças.
O tratamento exige o comprometimento em manter hábitos saudáveis, como uma dieta equilibrada e a prática regular de exercícios físicos. No entanto, para evitar complicações, podem ser indicados medicamentos, como o Rybelsus 7mg, para o controle glicêmico.
Em alguns casos, com o avanço da doença, o uso da insulina também pode ser recomendado. Por isso, os pacientes devem manter o acompanhamento médico regular.
Diagnóstico de diabetes pode acontecer na gestação
O diabetes gestacional é mais comum a partir do sexto mês de gravidez (24ª semana), período em que as oscilações hormonais podem afetar a ação da insulina, levando ao aumento da glicose no sangue.
Nesse caso, o acompanhamento médico é necessário para a realização de exames e testes para monitorar a glicemia. Caso contrário, a situação pode levar a consequências graves, como parto prematuro, hipoglicemia e aumento de peso do bebê.
Como reconhecer os sintomas de diabetes
Apesar de apresentarem causas diferentes, a manifestação dos três tipos de diabetes ocorre de forma semelhante. Geralmente, em estágio inicial, a doença é assintomática. Segundo levantamento da Federação Internacional de Diabetes, 70% dos brasileiros só conseguiram identificar a condição após enfrentarem graves complicações.
As autoridades de saúde defendem a realização de exames e consultas periódicas para uma avaliação geral. Por meio de um hemograma completo, é possível identificar alterações na produção e ação da insulina que indicam um quadro pré-diabético ou na fase inicial da doença, em que ainda não há sintomas.
De qualquer forma, os principais sinais de alerta para a doença incluem sede constante, urinar em excesso, visão embaçada, perda de peso e infecções frequentes na bexiga, pele e rins.
Quando uma pessoa é considerada pré-diabética?
Para o diagnóstico de pré-diabetes, é necessário realizar exame de sangue para verificar o estado da taxa de glicemia em jejum. O valor para uma pessoa saudável é de 70 mg/dl a 100 mg/ld, já para os pré-diabéticos, o número pode estar entre 100 e 126 mg/dl.
Dessa forma, os níveis de glicose no sangue são considerados altos, mas não o suficiente para caracterizar o diabetes. Especialistas na área da saúde chamam a atenção para o perigo do pré-diabetes evoluir para o tipo 2 da doença e reforçam a necessidade de cuidados.
Nesta fase, é possível reverter o quadro e evitar agravantes à saúde. No entanto, é preciso hábitos alimentares saudáveis e aderir à prática de atividades físicas. A SBD indica a realização do exame de glicemia anual para o monitoramento da pré-diabetes, sobretudo, ao apresentar fatores de risco como idade acima de 45 anos, sobrepeso, histórico de doença cardiovascular, sedentarismo, entre outros.
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