Em meio à turbulência política que domina a Câmara Municipal de Codó, a morte de Petronilo Soares da Motta Neto, um codoense que marcou a história com uma invenção revolucionária, passou completamente despercebida pelos parlamentares. Enquanto os vereadores dedicavam suas atenções as denúncias de afastamento do prefeito Zé Francisco, nenhuma homenagem foi feita ao inventor, falecido na última sexta-feira, 25 de outubro de 2024.
Petronilo Mota, nascido em Codó em 1941, ficou conhecido por desenvolver, na década de 1960, o primeiro motor movido a gás butano, um feito inovador para a época. Seu invento não só impactou o setor de combustíveis em tempos de crise, como também foi adaptado para aeronaves de pequeno porte, mostrando a versatilidade e importância de sua criação. O projeto ganhou destaque nacional, comprovando o talento e a visão de um codoense que mudou paradigmas.
A Câmara Municipal tem uma tradição de homenagear personalidades locais que falecem na semana anterior às sessões. Entretanto, esse costume foi quebrado com a morte de Petronilo, cujo legado parece ter sido esquecido pelos vereadores, que concentraram seus esforços nas comissões processantes e nas denúncias que pedem o afastamento do prefeito. O silêncio em relação à morte de uma figura tão relevante é um reflexo das prioridades políticas que atualmente consomem o parlamento municipal.
A trajetória de Petronilo Mota, marcada pela inovação e pelo espírito empreendedor, deveria ser celebrada, especialmente em um momento em que Codó se despede de um de seus maiores nomes. Sua contribuição ao desenvolvimento tecnológico permanece como inspiração para gerações, mesmo que seu nome tenha sido deixado de lado em meio às disputas políticas que dominam a Câmara.
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