Nesta quinta-feira (2) será realizada a cerimônia da 16ª edição do Prêmio Fapema, no Teatro Arthur Azevedo, a partir das 18h30. Nesta edição, o tema será ‘Mulheres Cientistas do Maranhão’ e vai homenagear três pesquisadoras influentes do estado: Ana Angélica Mathias Macêdo (IFMA), Zafira da Silva de Almeida (UEMA) e Luciane Maria Oliveira Brito (In Memorian, UFMA).
Luciane Brito era médica, professora da Universidade Federal do Maranhão, pós-doutora pela Universidade Federal de São Paulo. Com um vasto currículo profissional, deixou importante legado para a medicina e a pesquisa científica. Seu trabalho acadêmico rendeu monografias, artigos científicos, publicações em revistas e livros, reconhecendo sua contribuição para as ciências médicas e na formação de docentes da UFMA.
Coordenava o Banco de Tumores e DNA do Maranhão e o mestrado profissional em Saúde da Família da UFMA-Fiocruz; foi membro da Sociedade Internacional da Menopausa, consultora do Ministério da Saúde; e atuou ainda na ginecologia com ênfase na oncológica, climatério e menopausa.
Ela foi homenageada na Dinamarca por sua atuação na promoção da saúde da mulher, pela Federação Internacional de Ginecologia e Obstetrícia e conseguiu aprovar a criação do mestrado em Saúde da Mulher, do Adolescente e da Criança, na UFMA. Faleceu em 11 de fevereiro, que é o Dia Internacional das Mulheres e Meninas na Ciência.
A professora e pesquisadora Haíssa Oliveira Brito é filha da médica e falou sobre o legado deixado pela mãe. “Nossa família se sente honrada por essa homenagem que a Fapema está fazendo para minha mãe. Consideramos como reconhecimento por todo trabalho e empenho dela, em querer e acreditar que o Maranhão poderia se desenvolver cada vez mais e para onde conseguiríamos trazer o conhecimento”, enfatizou.
Haissa Brito destaca que a mãe sempre teve no Maranhão seu espaço de disseminação do conhecimento. “Ela sempre dizia que poderia ir a outros lugares, mas nunca deixaria de voltar ao Maranhão para contribuir com a evolução, com o desenvolvimento, principalmente, na educação, na área da Medicina, tanto na graduação, quanto na pesquisa e extensão”, informou.
A professora destacou o apoio da Fapema aos pesquisadores e a parceria com sua mãe em vários trabalhos. “A Fapema é a parceira de todo pesquisador maranhense. E o reconhecimento desse trabalho pioneiro que ela teve, ao longo desses anos, o próprio estímulo e auxílio a colegas e alunos para desenvolverem, a si e ao estado como um todo, nos deixa bastante lisonjeados e reconhecidos por esses anos todos de serviço”, declarou Haissa Brito.
As demais homenageadas são Ana Angélica Macêdo, professora do IFMA Imperatriz. Ela é doutora em biotecnologia e mestre em bioquímica com graduação em química. Possui atuação na área de química, bioquímica e materiais, possui 22 depósitos de patentes e mais de 50 projetos de pesquisa em andamento.
E Zafira de Almeida, doutora em Zoologia e mestre em Oceanografia, com graduação em Ciências Biológicas. Foi fundadora e diretora do curso de Ciências Biológicas da UEMA – Universidade Estadual do Maranhão. Foi fundadora e coordenadora do curso de especialização em educação ambiental. Membro da Academia Maranhense de Ciências e chefe do laboratório de pesca e ecologia aquática da UEMA, da qual é docente.
As pesquisas da professora Zafira de Almeida na área da zoologia tem ênfase em gestão e dinâmica populacional de recursos pesqueiros do Maranhão, dinâmica trófica, reprodução de peixes e educação ambiental.
Pesquisador jovem
Indicado na categoria Jovem Cientista, Matheus Nobate Gomes, 22 anos, está satisfeito em fazer parte do grupo de selecionados ao prêmio. “Estou feliz com a indicação, que já funciona como um retorno das minhas pesquisas desenvolvidas na universidade. É também fruto da minha iniciação científica, que é muito importante para minha formação como biólogo e pesquisador. Independentemente do resultado final, ter sido indicado já é algo bem positivo para minha formação e no grupo de pesquisa”, avaliou.
Matheus Gomes cursa Ciências Biológicas e esta é a primeira vez que concorre ao prêmio. A pesquisa selecionada avalia ação de substância no controle do carrapato bovino. O estudo do jovem pesquisador demonstrou que a formulação desenvolvida em laboratório foi mais eficiente que o produto encontrado disponível no mercado.
Premiação
O Governo do Estado destinou R$ 216 mil para as premiações do evento. Profissionais em destaque por sua produção científica, tecnológica ou jornalística, serão premiados com troféu, certificado e valor financeiro. Serão 52 profissionais em nove categorias.
O prêmio Fapema será transmitido pelo canal da Fundação no Youtube, o Fapema Oficial.
Categorias
– Pesquisador Júnior (estudante e orientador): R$ 2.250 (1° lugar); R$ 1.750 (2° lugar); e R$ 1.250,00 (3° lugar)
– Jovem Cientista (estudante e orientador): R$ 2.500
– Dissertação de Mestrado (estudante e orientador): R$ 3 mil
– Tese de Doutorado (estudante e orientador): R$ 5 mil
– Pesquisador Sênior: R$ 10 mil
– Jornalismo Científico: R$ 4 mil
– Inovação Tecnológica: R$ 5 mil
– Popvídeo Ciências (estudante e orientador): R$ 2.500 (1° lugar); R$ 2 mil (2° lugar); R$ 1.250 (3° lugar)
– Prêmio Homenagem Especial Fapema: R$ 10 mil
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