Nesta quinta-feira (24), por 8 votos a favor e 1 contra, a Câmara Municipal de Cândido Mendes deliberou pela cassação do mandato do prefeito José Bonifácio Rocha de Jesus, conhecido como “Facinho”.
A vice-prefeita foi prontamente empossada após a cassação de Facinho.
O presidente da Câmara, Josenilton Santos do Nascimento, convocou a sessão extraordinária após os procedimentos realizados por uma Comissão Processante estabelecida para investigar as alegações de tentativa de suborno feitas pelo vereador Cleverson Pedro Sousa de Jesus, também conhecido como “Sababa Filho”.
Durante a sessão de 4 de agosto passado, Cleverson fez um pronunciamento ambíguo, seguido por um gesto surpreendente de jogar dinheiro pela janela da Câmara Municipal, afirmando que estava “restituindo ao povo” 300 mil reais que supostamente haviam sido oferecidos pelo prefeito “Facinho” como suborno.
Esse caso ganhou projeção nacional, gerando debates sobre a veracidade das acusações. Em seu discurso, Sababa Filho afirmou que o prefeito lhe ofereceu um suborno de R$ 300 mil para que renunciasse ao mandato, abrindo espaço para o suplente, um aliado do prefeito.
O episódio provocou agitação na cidade e desencadeou debates políticos intensos entre o vereador e o prefeito Facinho. Notavelmente, esse caso carrega conotações políticas, uma vez que o vereador Cleverson é aliado do ex-prefeito Mazinho Leite, que apoiou o senador Weverton Rocha nas eleições estaduais, enquanto Facinho endossou o governador Carlos Brandão.
Durante a sessão extraordinária, os vereadores de Cândido Mendes votaram no relatório final elaborado pela comissão processante, na qual Facinho foi identificado como o acusado.
O clima já aquecido na cidade foi intensificado após uma decisão do Tribunal de Justiça do Maranhão (TJMA), proferida pelo desembargador Antônio José na última terça-feira, dia 22.
Essa decisão trouxe de volta aos cargos os vereadores Tayron Gabriel Sousa de Jesus, Whebert Barbosa Ascencão, Wadson Jorge Teixeira Almeida e Nívea Marsônia Pinto Soares, que haviam sido afastados anteriormente por ordem judicial. Eles foram oficialmente reintegrados à Câmara Municipal, o que resultou na perda de maioria para o prefeito Facinho.
O afastamento dos vereadores estava datado de 14 de julho de 2023 e foi baseado em um processo administrativo conduzido na Câmara.
Em consequência desse desdobramento, a situação política em Cândido Mendes permanece tensa e sujeita a mudanças.
Com informações de O Imparcial
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