O Partido Renovação Democrática (PRD) apresentou à Justiça Eleitoral um pedido de impugnação da candidatura de Chiquinho FC, do Partido dos Trabalhadores (PT), ao cargo de prefeito de Codó. A medida foi tomada após a análise dos pedidos de registros de candidaturas no município.

Segundo o PRD, foi identificada uma irregularidade no processo de registro de Chiquinho FC, especificamente relacionada à falta de documentos obrigatórios, conforme estabelece o artigo 11, §1º, VII, da Lei nº 9.504/97. De acordo com o partido, faltam certidões criminais essenciais para a validação da candidatura, que deveriam ter sido fornecidas pelos órgãos competentes.

Em sua argumentação, o PRD destacou a ausência da Certidão Criminal da Justiça Federal de 1ª instância. Além disso, Chiquinho FC, que figura como réu no processo criminal nº 00050-83.2012.8.10.0034, em trâmite na Vara Federal da Subseção Judiciária de Caxias-MA, também não teria incluído certidões referentes a outro processo criminal na justiça estadual. Essas omissões, segundo o PRD, infringem a legislação eleitoral, o que justificaria o indeferimento do registro da candidatura.

“Foi possível observar que não consta a Certidão Criminal da Justiça Federal de 1ª instância, uma vez que o aludido pré-candidato se encontra devidamente qualificado como réu nos autos do processo criminal nº 00050-83.2012.8.10.0034 em trâmite na Vara Federal da Subseção Judiciária de Caxias-MA, sendo oportuno destacar ainda que o impugnado responde processo criminal na justiça estadual e não fez a juntada das certidões de objeto e pé, infringindo assim a legislação eleitoral, deste modo o indeferimento do registro de candidatura é medida que se impõe”, argumentou o representante do PRD.

O PRD solicitou que a Justiça Eleitoral acolha o pedido de impugnação, notifique o candidato e processe a demanda conforme a legislação vigente.

Vale destacar que o processo na Vara Federal de Caxias-MA, no qual Chiquinho FC é réu, está relacionado a práticas de trabalho escravo. Em 1º de abril de 2009, uma fiscalização do Grupo Móvel de Combate ao Trabalho Escravo do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) resgatou 37 trabalhadores em condições análogas à escravidão na Fazenda Abelha, de propriedade de Chiquinho FC.

A impugnação será analisada pelo juiz eleitoral da Comarca, que notificará o candidato e solicitará o posicionamento do Ministério Público Eleitoral.