O Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) é um importante direito trabalhista no Brasil, que garante proteção ao trabalhador em caso de demissão sem justa causa. Como empregador, é fundamental entender as regras e obrigações relacionadas a esse benefício.

Uma das principais responsabilidades do empregador é realizar o depósito mensal do FGTS referente a cada funcionário. Esse depósito deve ser feito até o dia 7 do mês subsequente ao mês de competência. Por exemplo, o FGTS referente ao mês de janeiro deve ser depositado até o dia 7 de fevereiro.

Além disso, o empregador deve fornecer aos funcionários o comprovante de depósito do FGTS, também conhecido como “Extrato do FGTS”. Esse documento é essencial para que o trabalhador possa acompanhar o recolhimento do FGTS e, se necessário, verificar se os valores estão sendo depositados corretamente.

Prazo para depósito do FGTS

Como mencionado anteriormente, o prazo para o depósito do FGTS é até o dia 7 do mês subsequente ao mês de competência. Esse prazo é estabelecido pela legislação trabalhista brasileira e deve ser rigorosamente cumprido pelos empregadores.

É importante ressaltar que o depósito do FGTS deve ser realizado mesmo que o empregador não tenha recebido o salário do funcionário. Ou seja, o empregador é responsável por efetuar o depósito, independentemente de ter recebido o pagamento do funcionário.

Caso o dia 7 caia em um sábado, domingo ou feriado, o prazo é prorrogado para o próximo dia útil. Portanto, se o dia 7 for um sábado, o depósito poderá ser feito até a segunda-feira seguinte, por exemplo.

Consequências do atraso no depósito do FGTS

O atraso no depósito do FGTS pode acarretar sérias consequências para o empregador. Algumas das principais sanções incluem:

  1. Multa: O empregador que não efetuar o depósito do FGTS dentro do prazo estabelecido estará sujeito ao pagamento de uma multa, que pode variar de 0,33% a 10% do valor devido, dependendo do tempo de atraso.
  2. Juros de mora: Além da multa, o empregador também deverá pagar juros de mora sobre o valor do FGTS não depositado. Esses juros são calculados com base na taxa SELIC (Sistema Especial de Liquidação e Custódia).
  3. Responsabilização criminal: Em casos de reincidência ou de valores expressivos não depositados, o empregador pode ser responsabilizado criminalmente, podendo responder a processos judiciais.
  4. Impedimento de contratar com o poder público: O empregador que não regularizar suas obrigações com o FGTS pode ficar impedido de participar de licitações e de celebrar contratos com a administração pública.

Portanto, é fundamental que os empregadores mantenham-se em dia com o depósito do FGTS, evitando problemas futuros e garantindo a proteção dos direitos dos trabalhadores.

Como calcular o valor do FGTS a ser depositado

O cálculo do valor do FGTS a ser depositado é feito com base no salário do funcionário. O empregador deve depositar 8% do valor da remuneração mensal de cada funcionário.

Por exemplo, se um funcionário receber um salário de R$ 2.000,00, o valor do FGTS a ser depositado será de R$ 160,00 (8% de R$ 2.000,00).

É importante lembrar que o cálculo do FGTS deve considerar não apenas o salário base, mas também outras verbas salariais, como horas extras, comissões, gratificações e outros adicionais.

Além disso, o empregador deve estar atento a eventuais mudanças na legislação, pois o percentual de depósito do FGTS pode ser alterado ao longo do tempo.

Dicas para garantir o cumprimento do prazo de depósito do FGTS

Para evitar problemas com o depósito do FGTS, os empregadores podem adotar algumas medidas:

  1. Estabelecer um cronograma de pagamentos: Criar um cronograma de pagamentos que inclua o FGTS pode ajudar a organizar as obrigações e evitar atrasos.
  2. Utilizar sistemas de gestão de folha de pagamento: Investir em sistemas de folha de pagamento que calculem automaticamente o valor do FGTS e emitam os comprovantes de depósito.
  3. Monitorar os prazos: Acompanhar atentamente os prazos de depósito do FGTS, principalmente em meses com feriados ou finais de semana.
  4. Treinar a equipe de RH: Capacitar a equipe de Recursos Humanos para que eles entendam as regras e obrigações relacionadas ao FGTS.
  5. Realizar auditorias periódicas: Fazer auditorias internas para verificar se os depósitos do FGTS estão sendo realizados corretamente.

Seguindo essas dicas, os empregadores podem garantir o cumprimento dos prazos e evitar problemas futuros.

Como consultar se o empregador está depositando corretamente o FGTS

Os funcionários têm o direito de acompanhar se o empregador está realizando os depósitos do FGTS corretamente. Para isso, eles podem:

  1. Solicitar o extrato do FGTS: O empregador é obrigado a fornecer o extrato do FGTS a cada funcionário, que mostra os valores depositados.
  2. Consultar o saldo do FGTS: Os trabalhadores podem acessar o saldo de sua conta do FGTS por meio do aplicativo ou site da Caixa Econômica Federal.
  3. Verificar o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED): O CAGED é um registro que contém informações sobre admissões, demissões e movimentações de trabalhadores. Nele, é possível verificar se os depósitos do FGTS estão sendo realizados.
  4. Entrar em contato com a Caixa Econômica Federal: Caso o funcionário tenha dúvidas ou suspeite de irregularidades, ele pode entrar em contato com a Caixa Econômica Federal, que é a responsável pela gestão do FGTS.

Essa verificação é importante para que os trabalhadores possam acompanhar se seus direitos estão sendo respeitados.

Mudanças recentes na legislação do FGTS

Ao longo dos anos, a legislação do FGTS tem passado por algumas atualizações e modificações. Algumas das principais mudanças recentes incluem:

  1. Possibilidade de saque do FGTS em caso de calamidade pública: Em 2020, foi aprovada uma lei que permite o saque do FGTS em situações de calamidade pública, como a pandemia de COVID-19.
  2. Ampliação dos casos de saque do FGTS: Além da demissão sem justa causa, a legislação também passou a permitir o saque do FGTS em outras situações, como compra da casa própria, aposentadoria e doenças graves.
  3. Alterações nas regras de multas e juros: Em 2019, houve uma atualização na legislação que modificou as regras de multas e juros aplicados em caso de atraso no depósito do FGTS.

Essas mudanças na legislação do FGTS têm impactado tanto os empregadores quanto os trabalhadores, sendo importante que todos estejam atentos a essas atualizações.

Como Garantir que o Depósito do FGTS Seja Feito Dentro do Prazo Estipulado. Imagem: Pensar Cursos

Perguntas frequentes sobre o prazo de depósito do FGTS

1. Qual é o prazo para o depósito do FGTS? O prazo para o depósito do FGTS é até o dia 7 do mês subsequente ao mês de competência. Por exemplo, o FGTS referente ao mês de janeiro deve ser depositado até o dia 7 de fevereiro.

2. O que acontece se o empregador atrasar o depósito do FGTS? O atraso no depósito do FGTS pode acarretar multas, juros de mora e até mesmo responsabilização criminal do empregador. Além disso, o empregador pode ficar impedido de contratar com o poder público.

3. Como o empregador calcula o valor do FGTS a ser depositado? O valor do FGTS a ser depositado é calculado com base em 8% da remuneração mensal de cada funcionário, incluindo salário base, horas extras, comissões, gratificações e outros adicionais.

4. Os funcionários podem acompanhar se o FGTS está sendo depositado corretamente? Sim, os funcionários têm o direito de acompanhar os depósitos do FGTS, seja solicitando o extrato, consultando o saldo da sua conta ou verificando informações no CAGED.

5. Houve alguma mudança recente na legislação do FGTS? Sim, algumas das principais mudanças incluem a possibilidade de saque do FGTS em caso de calamidade pública, a ampliação dos casos de saque e alterações nas regras de multas e juros.

Essas são apenas algumas das perguntas mais frequentes sobre o prazo de depósito do FGTS. É importante que tanto empregadores quanto funcionários estejam atentos a essas informações para garantir o cumprimento das obrigações e a proteção dos direitos trabalhistas.