A turma inaugural do Farol, o primeiro programa de residência portuária realizado por um porto público no país, iniciou as atividades neste mês, com bolsistas selecionados em edital público. O Farol integra o Porto do Itaqui Labs, programa de inovação do Porto do Itaqui, com o objetivo de consolidar o porto público do Maranhão como polo de conhecimento por meio do fomento à pesquisa, incentivo à inovação e preparação de profissionais maranhenses para o mercado de trabalho nos setores marítimo, portuário e logístico.
A iniciativa, uma realização da Empresa Maranhense de Administração Portuária (EMAP) em parceria com a Fundação de Amparo à Pesquisa e ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico do Maranhão (FAPEMA), integra um conjunto de ações de pesquisa, desenvolvimento e inovação que ao longo deste ano será ampliado para outras áreas do conhecimento.
“Esperamos, com esse programa, contribuir para o fortalecimento da relação porto-cidade, gerando um ambiente que possibilite a entrega de soluções inovadoras para os desafios desses setores e ao mesmo tempo proporcionar oportunidades para a população maranhense”, afirma o presidente do Porto do Itaqui, Ted Lago.
Para essa primeira turma foram selecionados 10 bolsistas com até três anos de formação no ensino superior, em áreas estratégicas para o setor portuário: administração, comunicação, engenharia civil e mecânica, engenharia da computação, oceanografia e ciência e tecnologia. A jornada, de um ano, será focada no desenvolvimento de soluções para desafios mapeados no porto público do Maranhão, dentro de um processo de construção coletiva do conhecimento.
“Esse convênio possibilita que a pesquisa aplicada seja realizada com objetivo de resolver problemas reais, atrelados à área portuária e que influenciam pesquisadores das mais diversas áreas do estado do Maranhão”, diz o diretor-presidente da Fapema, André Santos.
A expectativa é apresentar respostas para os desafios comuns, sempre avançando na direção de resultados cada vez melhores para toda a cadeia logística envolvida na atividade portuária. Neste mês a turma passa por uma imersão no ecossistema portuário, por meio de visitas técnicas e reuniões com equipes das instituições que integram as ações do Farol: a Autoridade Portuária, empresas e terminais do porto organizado do Itaqui. Passada essa primeira fase, o grupo trabalhará na remodelagem dos projetos apresentados, de modo que se alinhem às necessidades do Porto do Itaqui.
Porto para o futuro
Enquanto a primeira turma do Farol vai dando os primeiros passos em sua jornada, o Porto do Itaqui olha para a frente e começa a estruturar o Farol 2.0 – Porto para o Futuro, que é a continuidade da parceria com a Fapema, só que em um escopo muito mais amplo. São quatro frentes de atuação: concessão de bolsas para estudantes de mestrado e doutorado, financiamento a projetos de pesquisa, intercâmbio entre portos do Brasil e do mundo e o Prêmio Porto do Itaqui para valorizar as produções acadêmicas de excelência.
André Santos explica que a Fapema e a EMAP estão realizando um convênio que congrega quatro possibilidades aos pesquisadores maranhenses: “Um edital específico para bolsas de mestrado e doutorado voltadas a estudos ligados à área de portos; um edital de premiação semelhante ao Prêmio Fapema para projetos desenvolvidos com a temática de portos, inclusive para jornalistas, inventores e alunos do ensino médio; um edital que possibilita que alunos graduandos e graduados realizem estágio em portos de outros países e, por fim, um edital que financiará projetos ligados às necessidades da área portuária”.
Além dessas iniciativas alinhadas ao Porto do Itaqui Labs, a EMAP mantém seu programa de estágio para estudantes de nível médio e superior. Atualmente são 53 estagiários em atividades, 14 em nível técnico – nas áreas de Administração, Meio Ambiente e Segurança do Trabalho) – e 39 em nível superior – graduandos dos cursos de Administração, Arquitetura, Ciências da Computação, Design, Direito, Economia, Enfermagem, Engenharias Civil, de Produção, Elétrica e Mecânica, Gestão Portuária e Tecnologia da Informação.
A empresa conta ainda com cinco alunos de nível médio do Programa Jovem Aprendiz e todos os anos recebe, no segundo semestre, 20 estudantes do Instituto Estadual de Educação, Ciência e Tecnologia do Maranhão (IEMA) das áreas de Logística, Meio Ambiente, Informática, Áudio e Vídeo e Eventos, para estágio curricular.
Todas essas ações estão integradas ao Programa de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação da EMAP, em fase de construção. Para dar suporte nessa jornada, foi criado um grupo de trabalho formado pela equipe do programa de inovação da EMAP e professores de universidades públicas e privadas maranhenses que atuam de forma voluntária como um comitê consultivo.
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