A SARS-COV 2, doença grave causada pelo novo coronavírus(covid-19) desde quando surgiu na China, vem mostrando seu poder destrutivo em todos os lugares do planeta. Com a evolução para insuficiência respiratória aguda grave vem contribuindo para o aumento da taxa de letalidade.

No Maranhão a taxa de letalidade está em torno de 6%. A taxa de ocupação de leitos de UTI está próxima de 80%, sendo que a segunda onda está no início.

Antes da pandemia pela covid-19 a estrutura de saúde do estado já evidenciava sua ineficiência diante de problemas de saúde habituais não conseguindo absorver a demanda de pacientes afetados por outras patologias como: politraumatizados, doenças cardiovasculares, etc.

A covid-19 independente de suas manifestações clínicas e facetas evidenciou a fragilidade do sistema de saúde do estado caracterizado pelo mau gerenciamento dos recursos públicos e ausência de sensibilidade para com a saúde coletiva.

As tentativas de isolamento social por meio de medidas sanitárias e preventivas não surtiu o efeito esperado. A rota de colisão para o caos está iminente. Os números de infectados se multiplicam diuturnamente e o sofrimento parece não ter fim. O vírus avança no sabor das ondas, principalmente na cidade de São Luís e circunvizinhas.

Nas cidades do interior do estado o quadro pandêmico é uma imagem em espelho da capital. Em Codó, sexta maior cidade do estado, em uma semana, o número de infectados aumentou de um (1) para 14 (quatorze), ou seja, aumento de 1300%. Situação colossal.

Diante da gravidade que a pandemia assume no estado e principalmente na ilha de Upaon-Açu, o ministério público em harmonia com o poder judiciário assumem uma posição de destaque no âmbito da proteção à vida. Seja bem vindo, Lockdown.

*Médico formado pela Universidade Federal do Maranhão(UFMA)
Médico- neurocirurgião com residência médica pelo Hospital de Base do Distrito Federal(HBDF)
Mestrando em Ciências da saúde pela Universidade de Brasília(UnB)
Docente do curso de Medicina do Centro Universitário do Planalto Central Aparecido dos Santos(UNICEPLAC)