Diante da pior crise pela qual o Brasil passa, pelo menos, no século XXI, Bolsonaro contempla e parece torcer pela desgraça do próprio povo que o sufragou presidente em 2018. Por meio de suas falas inadequadas, completa incapacidade de coordenação e administração políticas e descrença na ciência e na experiência mundial de combate, até agora, à COVID-19, Bolsonaro toca fogo no Brasil enquanto parece apreciar a desgraça para a qual seu próprio país caminha. Não era de se esperar comportamento diferente de um sujeito eleito num cenário de completa radicalização política e que, diante da perda de apoio popular e do insucesso do programa liberal mofado aplicado à economia, tem de buscar no conflito suas chances de sobrevivência política.
Diante disso, o questionamento que deve ser feito no momento é até quando aguentaremos suas atitudes, as quais colocam em risco não somente o processo de recuperação econômica do país, mas, sobretudo, as instituições da democracia brasileira e a saúde dos milhões de brasileiros que podem ser acometidos por essa desgraça sanitária. Diferentemente do que afirma o presidente, não há contradição entre a saúde dos cidadãos e a recuperação econômica. Ao invés, quanto mais restritivas e duras forem as medidas de isolamento social tomadas agora, mais rápido poderá o país voltar à normalidade. Afinal, não há recuperação econômica sem vidas que a ela possam dar fôlego.
O presidente da República deve olhar para seus tão queridos líderes Trump e Netanyahu e se espelhar sobre como agir diante da pandemia, pois estamos a poucos dias do colapso dos sistemas de saúde público e privado, da explosão do número de casos e das mortes no país, os quais se encontram, inclusive, subnotificados.
Mudará Bolsonaro a forma como conduz o país na pior crise do século? Muito difícil. O que resta é deixá-lo sozinho, como se fosse uma criança que se recusa a andar com os pais e, depois de ver que se encontra sozinha, volta correndo atrás. Cabe aos governadores e prefeitos ignorarem qualquer orientação que venha do governo federal e recomende a retomada das atividades rotineiras, sob o risco de que se não o fizeram, serão julgados pela História e irão para a lata do lixo desta.
Sobre Caio Braga
Caio Corrêa Braga é graduando em Relações Internacionais pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e pesquisador nas áreas de Segurança Internacional e Defesa e Inovação, Ciência e Tecnologia no Brasil.
eu gostaria de saber do blogueiro que escreve essa página qual é a intenção dele com esse tipo de postagem.?
Pelas matérias publicadas aqui fica fácil ver qual e a inclinação do nobre blogueiro, ele defende esse governo indefensável com unhas e dentes, governo esse que está afundando o MA!
Nenhuma, só besterol mesmo