Policial militar Emanuel Vasconcelos da Silva, de 32 anos, que foi preso na última sexta-feira (25) apontado como autor do latrocínio (roubo seguido de morte) que vitimou o professor e estudante de odontologia Diomar Guterres Filho, é investigado por outros crimes.
O soldado lotado no 9° Batalhão de Polícia Militar (9° BPM) é acusado também de um roubo, contra um técnico de enfermagem de 28 anos, em agosto deste ano. A vítima procurou a polícia para denunciar que foi dopado e depois roubado pelo PM.
De acordo com o delegado Marconi Matos, do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), o técnico de enfermagem informou que conheceu o suspeito por meio de um aplicativo de relacionamento e se encontraram depois no apartamento da vítima.
“No caso, ele (o enfermeiro) foi dopado e o investigado subtraiu os bens da vítima. Depois, ao recobrar a consciência, a vítima procurou atendimento médico e guardou as mensagens das conversas que ele teve com o investigado e isso corroborou com o que nós já tínhamos, que ligava o investigado ao caso do Diomar. Por essa razão apresentamos ao Poder Judiciário, que decretou a prisão temporária do investigado”, contou o delegado.
“Como a vítima sobrevivente disse a maneira como o investigado agia, nós não descartamos a possibilidade dele ter conhecido a vítima (Diomar) através de um aplicativo de relacionamento. Por essa razão, nós não descartamos, também, a possibilidade de outras vítimas”, disse Marconi Matos.
O soldado Emanuel Vasconcelos foi preso na própria residência no bairro Anil, na capital, em cumprimento a um mandado de prisão temporária.
O professor Diomar Guterres foi encontrado morto com um disparo de arma de fogo na região da cabeça, em um terreno baldio, na Rua 46, do bairro Areinha, no último dia 8 de novembro deste ano.
Como o veículo e o aparelho de celular do professor foram roubados, o crime foi caracterizado como latrocínio (roubo seguido de morte).
Ainda segundo as investigações da SHPP, além do mandado de prisão, os policiais civis cumpriram dois mandados de busca e apreensão contra endereços ligados ao investigado. Durante as buscas, foram encontrados dois celulares e uma arma de fogo “ponto 40”, que passarão por perícia.
Durante o interrogatório, o PM usou o direito de permanecer em silêncio. O militar só deverá prestar esclarecimentos na quarta-feira (30), na companhia do seu advogado.
Ainda segundo o delegado da DHPP, não se descarta a possibilidade do professor Diomar Guterres ter conhecido o policial militar, também, por meio de um aplicativo de relacionamento.
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