Insatisfeitos com o anúncio de um reajuste salarial escalonado de 11%, parcelado até 2026, os policiais penais do Maranhão decidiram deflagrar uma greve geral. A manifestação teve início na manhã da última sexta-feira (3) e ganhou adesão dos profissionais que trabalham na Unidade Prisional de Ressocialização (UPR) de Codó.
“Bom dia, nós policiais penais da UPR de Codó, junto com vários outros colegas do interior do Maranhão, queremos mostrar nossa indignação com o não reconhecimento dos servidores do sistema penitenciário, que é considerado o melhor do Brasil, e o 15° em remuneração. Pedimos para que o governo tenha sensibilidade em reconhecer que precisamos ser melhor remunerados, um aumento de 11% dividido em 3 anos é um tapa na cara do servidor”, disse Mateus Carvalho, Inspetor de Polícia Penal.
Nota do sindicato
O Sindicato dos Policiais Penais do Estado do Maranhão (SINPPEM-MA) emitiu uma nota criticando o Projeto de Lei do Poder Executivo, que prevê o aumento gradual em três parcelas de 2,5% e uma de 3,5% até julho de 2026.
Na nota, o sindicato afirmou que “nunca na história do funcionalismo público houve um desrespeito tão grande ao servidor”, enfatizando que a “Polícia Penal do Maranhão é reconhecida como a melhor do Brasil, apesar dos baixos salários”.
A categoria também expressou seu descontentamento com o governo do estado, alegando falta de compromisso após “promessas de reposição salarial”.
Projeto de Lei
O Projeto de Lei que concedeu o reajuste de 11% foi aprovado nesta quarta (1) pela Assembleia Legislativa do Maranhão, estabelecendo um aumento parcelado em quatro etapas até julho de 2026:
2,5% a partir de 1º de janeiro de 2024;
2,5% a partir de 1º de julho de 2024;
2,5% a partir de 1º de julho de 2025;
3,5% a partir de 1º de julho de 2026
Com informações do Blog do Linhares
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