Quatro policiais militares de Codó (MA) denunciaram à reportagem práticas de assédio e perseguição dentro do 17º Batalhão de Polícia Militar (BPM), apontando a subcomandante Major Francilene como responsável. Segundo os relatos, a oficial estaria utilizando sua posição para exercer pressão psicológica sobre os subordinados, especialmente em relação às eleições municipais de 2024.

De acordo com os policiais, a Major Francilene proibiu que militares, em seus dias de folga, trabalhassem na segurança dos eventos do candidato à reeleição, Dr. Zé Francisco. No entanto, conforme as denúncias, a mesma prática estaria sendo permitida para os que atuam em eventos ligados ao candidato Chiquinho FC, apoiado pela Major.

Outra grave acusação aponta que a subcomandante estaria chamando policiais e funcionários civis para sua sala, onde perguntaria em quem eles votariam, tentando intimidá-los para apoiar tanto Chiquinho FC quanto o candidato a vereador Roberto Cobel. Há ainda a informação de que a Major Francilene teria sido vista participando da convenção do Partido dos Trabalhadores (PT) em Codó, reforçando seu envolvimento na política local.

Os denunciantes alegam que um aliado da Major, dentro do batalhão, estaria ameaçando policiais que declaram apoio à reeleição de Zé Francisco, afirmando que, caso Chiquinho FC vença a eleição, aqueles que não o apoiarem seriam transferidos de Codó.

Além disso, uma outra denúncia descreve um episódio em que policiais do Esquadrão Águia foram chamados à sala da Major após realizarem uma abordagem a um suspeito que estaria envolvido em atividades criminosas. O suspeito, que seria aliado de um importante político da cidade, foi encontrado em uma boca de fumo e teve sua moto apreendida. No entanto, a Major Francilene, segundo os policiais, discordou da ação e ameaçou instaurar uma sindicância contra os militares envolvidos.

As acusações contra a Major Francilene são graves e levantam questionamentos sobre a imparcialidade de suas ações no comando do 17º BPM. Os policiais afirmam que a situação compromete o trabalho da segurança pública na cidade e pedem uma intervenção imediata das autoridades competentes. Eles solicitam que o governador Carlos Brandão e o comandante-geral da Polícia Militar do Maranhão, coronel Paulo Fernando Moura Queiroz, investiguem as denúncias.