A Polícia Civil do Distrito Federal apreendeu quatro carros de luxo de influenciadores digitais suspeitos de integrar um esquema de rifas clandestinas. Os veículos estavam em Belo Horizonte (MG) e chegaram a Brasília na tarde desta quinta-feira (17).
Foram apreendidas três Lamborghini e uma Ferrari. Os quatro veículos estão avaliados em mais de R$ 12 milhões.
O trabalho faz parte da Operação Huracán, que investiga um esquema de venda de rifas ilegais que era feito por meio das redes sociais do um influenciador mineiro Big Jhow. Segundo a investigação, a atividade não segue regras e determinações do Ministério da Economia, que é responsável por monitorar esse tipo de prática.
Além do esquema das rifas, os suspeitos são investigados por lavagem de dinheiro. A operação é comandada pela Polícia Civil do DF, porque um dos suspeitos, que seria o responsável pelos sites onde as rifas eram anunciadas é de Brasília.
Operação mira influenciadores
A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) deflagrou, no dia 10 de novembro, uma operação onde o foco eram dois influenciadores suspeitos de sorteios ilegais de carros e lavagem de dinheiro. Os agentes cumpriram mandados de busca e apreensão em Vicente Pires, no Distrito Federal, e em Esmeraldas, na região metropolitana de Belo Horizonte, em Minas Gerais.
Um dos alvos foi Elizeu Silva Cordeiro, conhecido como “Big Jhow”. Não havia mandado de prisão, mas ele acabou detido por desobediência, após se recusar a entregar os carros para os agentes que cumpriam os mandados.
Big Jhow foi solto após assinar um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO) na delegacia, se comprometendo a se apresentar à Justiça. Mas, na quarta-feira (16), o influenciador foi preso novamente em Belo Horizonte, por seguir com as rifas ilegais.
O segundo alvo foi o influenciador Marcelo Lopes (foto abaixo), que tem 254 mil seguidores em uma rede social.
A Operação Huracán foi deflagrada em março deste ano (veja detalhes abaixo). Dois veículos da marca Lamborghini, avaliados em R$ 5 milhões, foram apreendidos, além de uma lancha e um jet ski, avaliados em R$ 700 mil.
Também foram bloqueados R$ 12 milhões em contas bancárias de pessoas físicas e jurídicas.
Esquema de rifas
Segundo as investigações, entre outubro de 2021 e maio deste ano, o grupo promoveu a lavagem de R$ 12 milhões, obtidos em rifas ilegais, por meio de empresas de fachada.
A polícia afirma que os influenciadores utilizavam um site para os sorteios e “lavavam” os dinheiro arrecadado em três empresas de fachada, em Taguatinga, no DF, e em Contagem, Minas Gerais.
As rifas são ilegais porque a distribuição de prêmios por meio de sorteios deve seguir uma série de regras estabelecidas pelo Ministério da Economia, o que não era feito pelo grupo.
Com informações do G1
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