Quando foi eleito pela primeira vez, em 2010, Francisco Everardo Silva, o agora ex-palhaço Tiririca, foi o deputado mais votado do país, com 1,3 milhão de votos. Na época, seus bordões “Vote no Tiririca, pior do que tá não fica” e “O que é que faz um deputado federal? Na realidade eu não sei, mas depois eu te conto” ficaram muito famosos. No último domingo, no entanto, quando disputava uma vaga na câmara para o seu quarto mandato, acabou com 71.754 votos, sendo o parlamentar menos votado de SP.
Em seu primeiro mandato, por conta do quociente eleitoral, “puxou” outros três candidatos de sua coligação para a Câmara: Otoniel Lima (PRB), Vanderlei Siraque (PT) e o delegado Protógenes Queiroz (PCdoB).
Agora, em 2022, precisou desse mesmo método. Dessa vez, para ele ser o “puxado”. Carla Zambelli, Eduardo Bolsonaro e Ricardo Salles, todos do mesmo partido de Tiririca, o PL, figuraram entre os mais votados do estado, ficando atrás somente de Guilherme Boulos (PSOL).
A queda na popularidade do ex-palhaço, no entanto, não é mais uma das surpresas dessa eleição. De 2018, quando foi o quinto deputado mais votado de São Paulo, com 453.855 eleitores, para cá, quando foi o menos votado, ele perdeu ao todo 382.101 votos.
No começo do ano, quando Eduardo Bolsonaro entrou no Partido Liberal e pegou o número 2222, usado por Tiririca desde 2010, o ex-palhaço cogitou desistir da candidatura. Essa decisão foi mudada em agosto.
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