Um piloto e um copiloto, escalados para um voo que sairia de Ribeirão Preto (SP) na tarde desta sexta-feira (9), pediram dispensa após o acidente aéreo que resultou na morte de 62 pessoas em Vinhedo (SP).
A informação foi confirmada pelo diretor de operações da Voepass, Marcel Moura, durante uma coletiva de imprensa realizada à noite. Segundo a companhia aérea, ambos estavam emocionalmente abalados devido ao ocorrido.
Marcel Moura afirmou que a empresa autorizou que qualquer tripulante em escala, entre sexta e sábado (10), que não se sentisse confortável para voar após o desastre, pudesse se ausentar sem retaliação.
A equipe foi prontamente substituída, e não houve atrasos nos voos programados, conforme informou a companhia aérea. “Permitimos que os tripulantes que não se sentiram à vontade para voar, optassem por não fazê-lo, caso estivessem psicologicamente abalados,” disse Moura.
O CEO da Voepass, Eduardo Busch, acrescentou que a aeronave envolvida no acidente, um ATR-72 modelo PS-VPB, tinha pelo menos mais uma operação programada antes de retornar a Ribeirão Preto no final do dia. “O avião estava cumprindo uma série de voos e tinha mais uma ou duas operações a serem realizadas hoje,” explicou Busch.
Além dos 58 passageiros, quatro tripulantes estavam a bordo da aeronave, incluindo a comissária Rúbia Lima, de Ribeirão Preto. Segundo a Voepass, Rúbia foi a única vítima da região de Ribeirão Preto no acidente.
A aeronave havia saído de Ribeirão Preto com destino a São Paulo no voo das 5h30 desta sexta-feira. De São Paulo, seguiu para Cascavel (PR) às 8h20. Às 11h40, o avião partiu de Cascavel de volta para São Paulo, mas caiu por volta das 13h30 em Vinhedo, na região de Campinas (SP).
A Voepass informou que não havia restrições de voo e que todos os sistemas da aeronave estavam em condições adequadas para a operação.
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