Pesquisadores da Universidade Federal do Paraná (UFPR) descobriram duas novas espécies de besouros que podem ajudar a polícia a solucionar crimes.

As espécies identificadas — chamadas de Aleochara capitinigra e Aleochara leivasorum — são parasitas de pupas de moscas necrófagas, ou seja, que se alimentam de cadáveres. No ciclo de vida da mosca, a pupa é o estágio entre a fase de larva e a adulta.

Quando a mosca está passando por essa metamorfose, a pupa se forma na camada externa da pele dessas larvas. O besouro abre um buraco nessa superfície, depois o fecha e se alimenta da pupa.

De acordo com a pesquisa, os besouros do gênero Aleochara são reguladores naturais das populações dessas moscas necrófagas.

Ao localizar um cadáver, as moscas iniciam a colonização colocando ovos, de onde saem larvas que se alimentarão do corpo. A presença das larvas de moscas serve como um atrativo para os besouros estudados pelo grupo.

A pesquisadora Bruna Buss, envolvida na descoberta, explica que os besouros encontrados são bem pequenos, com cerca de 2 a 4 milímetros.

“As famílias [de besouros] têm vários indivíduos de diversos tamanhos. Têm alguns de cinco ou seis milímetros. Esses que eu trabalho têm de dois a quatro milímetros de comprimento, então são bem pequenininhos, menos de um centímetro”, afirma.