Eleito senador em 2014 às custas do grupo político de Flávio Dino (PSB), Roberto Rocha (PTB) tenta a reeleição que é dada como perdida. Inconfiável, sem grupo político, Rocha entrou em desespero e parte para ataques insanos num ato de ultimato; tudo ou nada.

Roberto Rocha. Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado

Ao longo da sua vida pública, o senador envolveu-se em diversos escândalos de corrupção. Entre os que mais chamam atenção está 2018 e agora mais recente, em abril de 2022.

Conhecido como Asa de Avião, responde a um inquérito de 2018 que tramita no Superior Tribunal Federal – STF por crimes eleitorais. Segundo apurou o Jornal Itaqui-Bacanga, a ação foi pelo Ministério Público Federal sob o n° 0009522-69.2017.1.00.000 4610.

Roberto Rocha também é acusado de desviar aproximadamente R$ 1.000.000,00 milhão de reais de suas emendas de parlamentar por meio de licitações afrouxadas a Codevasf (Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba) que tem sido um dos principais instrumentos para escoar emendas parlamentares no governo Bolsonaro. Em uma das investigações da Polícia Federal, o nome do senador aparece em conversas de Whatsapp em uma planilha com o nome da cidade, valor e data.

Os valores mencionados somam R$ 980 mil, ao lado dos nomes “Magla”, “Bela Vista” e “Milagre do MA”. O estado tem os municípios de Bela Vista do Maranhão e de Milagres do Maranhão.

Em outra imagem, uma tabela intitulada “Rocha” traz os nomes “Milagre”, ao lado da cifra de R$ 32 mil; e “Barreirinhas” com o valor de R$ 55 mil. O último nome pode ser uma menção ao município maranhense homônimo, localizado na região dos Lençóis.

Segundo a PF, o esquema seria abastecido com o desvio de verbas das emendas parlamentares destinadas à área da Saúde. No material alvo das investigações, também aparece o nome de Josival Cavalcanti da Silva, o Pacovan, um dos maiores agiotas do Maranhão, que teria ligação próxima com o senador Roberto Rocha.

Para completar, a verba das emendas é distribuída a deputados e senadores com base em critérios políticos e que dão sustentação ao governo no Congresso. Esse fluxo de verbas e obras ocorre por meio de uma manobra licitatória que deixa em segundo plano o planejamento, a qualidade e a fiscalização, abrindo margem para serviços precários, desvios, superfaturamentos e corrupção.

No Maranhão, o senador Roberto Rocha tem longo histórico de influência na empresa. Antônio Rosendo Neto Júnior, que se tornou diretor da Área de Desenvolvimento e Infraestrutura da estatal graças à indicação do senador, foi citado como um dos integrantes da lista.

Com o ‘amigo e compadre’ no comando da Codevasf, o senador tratou de mandar R$ 21, 5 milhões em emendas que nunca se teve notícia do seu destino, pois trata-se do ORÇAMENTO SECRETO, alvo que incomoda muito Roberto Rocha.

A poucos meses de deixar o senado, e ir parar direto na cadeia, o petebista que é um dos maiores traidores políticos da história age desesperadamente para tentar reverter a difícil situação política.

Com informações do Jornal Itaqui-Bacanga