“Foi como renascer”, disse Aldeene da Silva Nascimento, de 32 anos, ao descrever a sensação de estar entre os casos de recuperados da Covid-19. Grávida de quatro meses, Aldeene está entre os pacientes que tiveram alta na última semana do Hospital Macrorregional Drª Ruth Noleto, em Imperatriz. Para os pacientes, o retorno ao lar marca o fim da luta contra a doença, e para os profissionais de saúde, cada alta médica renova a esperança e as forças para seguir em frente na batalha contra o novo coronavírus no Maranhão.

Aldeene Nascimento é uma das pacientes com alta (foto: divulgação)

“No início da semana, quando recebi a notícia de que estava curada, eu fiquei muito feliz. Foi como renascer! O que eu tiro disso tudo é a lição de que é importante valorizar mais a vida, meus filhos, minha família e procurar viver em união com todos”, afirmou Aldeene, que após quatro dias sentindo cansaço, falta de ar, dores no corpo e tosse, buscou assistência no Hospital Macrorregional de Imperatriz e recebeu os cuidados necessários da equipe que atua na unidade que integra a rede da Secretaria de Estado da Saúde (SES).

O secretário de Estado da Saúde, Carlos Lula, enfatizou os esforços que o Estado tem feito para salvar vidas. “Toda vida importa. Temos enfrentado lutas, e isso é fato, mas mesmo assim continuamos fazendo todo possível para salvar vidas. Criamos novos leitos, reformamos anexos em hospitais da rede, compramos aparelhos, alugamos estruturas particulares, contratamos mais médicos e tudo isso para que possamos dar continuidade na nossa missão de salvar vidas, mesmo diante do cenário de pandemia que estamos vivendo”, disse o secretário de Estado da Saúde, Carlos Lula.

Entre outras pessoas que tiveram alta hospitalar da Covid-19 na última semana em Imperatriz, está Raimundo Auricelio Mendes, de 50 anos. Segundo o trabalhador de carga de caminhão, os primeiros sintomas eram de uma gripe, mas tudo mudou quando ele precisou ir deixar a família e ir de ambulância para o hospital.

“Passou pela minha cabeça o medo da morte, mas me acalmei graças aos médicos e enfermeiros, de quem eu recebi cuidados e muito apoio. Daqui pra frente, irei redobrar os cuidados com a higiene, uso do álcool em gel, máscara e aguardar os 15 dias de resguardo para voltar a trabalhar”, comentou Raimundo, que agora pode celebrar a vida ao lado de seus familiares.

No Macrorregional Drª Ruth Noleto, atualmente, mais de 20 pessoas recebem assistência médica de tratamento contra a doença, tanto em leitos de enfermaria quanto em UTI. De acordo com o diretor clínico do hospital, Wesley Garcia, a equipe de técnicos, enfermeiros e médicos tem trabalhado de forma organizada e mobilizada. 

“Ver os pacientes retornando para suas famílias é algo que nos emociona. Isso porque tem muita gente envolvida, trabalhando para que nenhuma vida seja perdida de forma tão abrupta. Trata-se de pessoas que levam a sério aquilo que aprenderam na área da saúde, ou seja, que não podemos esquecer que cada paciente é o amor de alguém”, disse.

Ascom