“O período de isolamento foi o mais difícil para mim, mas fui bastante amparada por todos do hospital, que me acolheram, levavam informações da minha família. Passei todos os dias de internação rezando para que ficasse recuperada. Esse calor humano ajuda bastante a gente confiar e vibrar a cada alta. A minha palavra é de gratidão a todos”, com estas palavras, a técnica de enfermagem Maiza Gomes Carvalho, de 55 anos, agradeceu a assistência que recebeu dos profissionais do Hospital Dr. Carlos Macieira durante o tratamento contra a Covid-19.
A técnica de enfermagem ficou internada por 10 dias na unidade de saúde, que é uma das referências para o atendimento aos pacientes infectados pelo novo coronavírus. Funcionária de hospital da rede municipal de saúde, Maiza sentiu os primeiros sintomas no dia 21 de março. “Comecei a sentir o corpo mole e sintomas gripais e recebi atestado para o isolamento de 14 dias. Como os sintomas aumentaram, busquei atendimento médico e fui regulada para o HCM”, informou.
Gerenciado pelo Instituto Acqua em parceria com a Secretaria de Estado da Saúde (SES), o hospital dispõe, atualmente, de 20 leitos de UTI destinados exclusivamente para pacientes infectados pelo coronavírus.
Laércio Henrique Bezerra da Costa, 62 anos, foi outro paciente recuperado da Covid-19 que recebeu os cuidados das equipes do HCM. “Só tenho a agradecer por estar indo para casa e também pela competência do serviço de vocês”, disse Laércio, que foi transferido para o HCM após regulação em Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da capital maranhense.
Considerado paciente grave e em comorbidade, por ser hipertenso, diabético, dialítico e com amputação de um dos membros inferiores, Laércio foi atendido pela equipe multiprofissional do HCM. “Por conta do quadro clínico, ele precisou de suporte de máscara concentradora de oxigênio e depois cateter nasal. Nós ficamos tristes com as perdas, entretanto todo paciente que recebe alta serve de combustível para a equipe continuar lutando”, falou o diretor geral do HCM, Edilson Medeiros.
Os pacientes do hospital recebem alta médica quando não apresentam mais sintomas, com melhora no quadro clínico e passam a ser monitorados pelo Centro de Informações Estratégicas e Vigilância em Saúde (CIEVS), da Secretaria de Estado da Saúde (SES).
Segundo o médico infectologista, Bernardo Basto Wittin, vinculado ao Hospital Presidente Vargas, da Rede Estadual de Saúde do Maranhão, a resposta da cura dos pacientes varia de pessoa para pessoa. “A resposta para cura de qualquer quadro viral varia de indivíduo para indivíduo. É a resposta que o próprio organismo vai ter. Mesmo uma pessoa com saúde pode apresentar um quadro mais grave da doença”, explicou.
Bernardo ressalta que a alta médica é dada quando, após 14 dias, o quadro clínico do paciente tem melhora e ele não apresenta mais os sintomas da Covid-19. Os pacientes que estão com a doença recebem tratamento que alivia os sintomas e, em maioria, estão em isolamento domiciliar. A hospitalização, de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), é necessária apenas nos casos em que a pessoa apresenta os sintomas mais graves da doença, necessitando de cuidados médicos.
Assistência humanizada
O paciente que chega ao Carlos Macieira é acolhido com cuidados humanizados, como explica o diretor clínico Luís Fernando. “O hospital preparou fluxo de atendimento específico para os pacientes com a Covid-19, que inclui o leitos de isolamento e de cuidados intensivos”.
“Desde a chegada no hospital, toda equipe, dos maqueiros aos médicos, fortalece a confiança destes pacientes informando o passo a passo do atendimento e uma rotina de cuidados específicas, porque o isolamento é uma etapa que exige muita entrega, otimismo e autoconfiança na recuperação pelo próprio paciente, e que influencia na imunidade e no tratamento”, detalhou o diretor.
Ascom
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