Pela primeira vez, Gecivaldo da Silva de Moura, de 16 anos, conheceu o mar. A experiência foi proporcionada pelo Hospital Presidente Vargas, unidade que integra a rede da Secretaria de Estado da Saúde (SES) e onde o paciente com a Síndrome de Guillain-Barré (SGB) recebeu atendimento. Um dia antes de receber alta médica, após um período intenso de tratamento, uma equipe preparada para acompanhar o paciente o levou para o que foi a realização de um sonho.
“Eu acredito que tais práticas são fundamentais para o processo de recuperação dos pacientes. Como pessoa e profissional, tenho certeza de que esse momento proporcionou um bem inestimável, pois assim como o tratamento medicamentoso precisa ser feito, o suporte humanizado é fundamental também”, disse o diretor administrativo do hospital, Thiago Mendes Leite.
Desde que chegou ao Hospital Presidente Vargas, o paciente recebeu assistência completa de uma equipe multidisciplinar. Após quatro meses de tratamento ininterrupto, o paciente conseguiu voltar a falar, comer e beber por conta própria. “Estou feliz. Ver o mar na minha frente foi muito bom. Eu agradeço às enfermeiras e aos médicos que cuidaram de mim”, compartilhou Gecivaldo.
Natural do município de Presidente Dutra, Gecivaldo foi transferido para a capital com suspeita de Síndrome de Guillain-Barré (SGB). A doença é provocada por uma infecção bacteriana ou viral aguda e tem entre os principais sintomas a inflamação neurológica de rápida evolução, podendo comprometer a locomoção física, causando fraqueza nos pés e nas pernas, levando à paralisia e dificuldades para respirar.
A mãe dele, dona Francisca da Silva de Moura, de 49 anos, se diz realizada. “Eu tenho certeza que ele está feliz, ainda mais por esse milagre que Deus fez. O tratamento que recebemos no hospital foi maravilhoso, desde os maqueiros aos médicos, foram todos excelentes”, contou.
Para tornar a experiência ainda mais sensorial, uma cadeira de rodas anfíbia foi cedida pelo Centro Especializado de Reabilitação (CER) do Olho d’Água, equipamento que também faz parte da rede SES. Monitorado por um enfermeiro e fisioterapeuta, Gecivaldo pode experimentar o mar ainda mais de perto.
De acordo com o coordenador de Reabilitação do Hospital Presidente Vargas, Ubirauna Ferreira, proporcionar o desejo foi impagável. “Ver a gargalhada dele quando sentiu a água do mar pela primeira vez, não tem dinheiro que pague a satisfação de poder ter participado desse momento. Então, para coroar a alta médica dele, resolvemos proporcionar esse instante”, disse.
Com a alta médica, Gecivaldo retorna para Presidente Dutra onde deverá continuar, na rede municipal de saúde, o tratamento de fisioterapia com ênfase na reabilitação motora e neurológica.
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