Cores vibrantes e uma mensagem regional marcam o grafite na escadaria do Beco do Silva, por trás do Viva, da Avenida Beira Mar. O espaço está atraindo um grande público, que vai apreciar o trabalho artístico e fazer registros fotográficos. O guará, ave maranhense de cor avermelhada; e o janelão referindo aos prédios históricos da capital, enfeitam a escadaria. A pintura foi produzida pelo artista Gil Leros. Neste sábado (21), a escadaria ficou lotada de admiradores do trabalho.
A escadaria repaginada traz o belo pássaro vermelho vivo do Maranhão e uma janela colonial típica da arquitetura da capital Patrimônio Histórico da Humanidade. A procuradora Carolina Mesquita, que está de visita à cidade, elogiou a iniciativa da revitalização do bairro histórico. “Achei maravilhoso. Esses espaços renovados valorizam nossa cidade e mostra ao turista o que São Luís e Maranhão têm de bom. Está tudo lindo”, disse.
Para a estudante Domingas de Nazaré, “projetos desta natureza, que melhoram os espaços turísticos, são impulsos para o fazer cultural, para a cidade e visitantes, acrescentando valor à arte e à cultura locais”. Ano passado, a escadaria deu lugar a um ícone da cultura popular maranhense, a coreira do Tambor de Crioula, também pintada por Gil Leros. O artista é paraense, mas desde os 13 anos vive no Maranhão. Quem foi conferir, parabenizou o trabalho.
Outro novo espaço turístico da capital, que também vem chamando a atenção do público, o prédio da Reffsa, entregue recentemente, totalmente restaurado, se tornou ponto de encontro, convivência e contemplação da cidade. A arte na escadaria e a reforma da Reffsa integram o programa Nosso Centro, macro ação do Governo do Estado que está mudando o cenário no Centro Histórico da capital, promovendo uma série de ações de revitalização.
Gestora da Reffsa, Paula Maciel, ressaltou a importância do espaço revitalizado para o Maranhão. “Aqui as pessoas vão conhecer a história da ferrovia, do porto maranhense e a evolução econômica e tecnológica, a partir da década de 80. Temos também vídeos com depoimentos de antigos funcionários e uma série de alternativas para entretenimento e diversão para quem vier visitar”, explica.
“Por indicação do meu professor estou aqui e achei interessante, bonito, moderno, aconchegante e muito tecnológico. Trazer de volta essa história da rede ferroviária, que eu me lembro de quando era garoto, passava na minha cidade e funciona até hoje, faz a gente voltar ao tempo. Acho muito boas essas melhorias, que são importantes para a cidade e para a população”, disse o servidor público, Mário Belo Neto.
Maravilhado com o vídeo mapping, o servidor público Allison Ribeiro destacou que “é um atrativo turístico importante para a cidade e por ver nosso espaço mais bonito”. O servidor já conhecia o video mapping e quando soube da apresentação na Reffsa foi conferir. “Fiquei sabendo que teria aqui e achei muito bem feito, muito bonito e é uma homenagem à nossa cultura e nossa cidade”, enfatizou.
A técnica do vídeo mapping é a projeção de vídeo em superfícies irregulares, por meio de mapeamento. Dessa forma, transforma o espaço – no caso, a fachada da Reffsa -, em um espetáculo de luz e som. As imagens serão exibidas das 18h às 22h, com apresentações a cada 30 minutos com narrativas visuais que remetem à história ferroviária do Estado e ao passado do prédio.
Cultura em luz e cores
Os sábados e domingos do mês de novembro estão mais coloridos e animados com a atração no novo prédio da Reffsa. Na fachada do local, imagens da cultura, literatura e arte maranhenses vão mostrar, de maneira lúdica, a riqueza artística do Estado. As projeções em vídeo mapping se somam às opções do complexo cultural que se tornou o prédio com exposição da Maria Fumaça Benedito Leite, espaço inovação/high tech e gastronômico, além de decoração natalina especial.
Atração à parte, o Museu Ferroviário e Portuário do Maranhão, abrigado no prédio da Reffsa, faz um resgate da história econômica e social do Estado. A travessia de trem de São Luís a Teresina, destacada na música ‘De Teresina a São Luís’, do multiartista maranhense João do Vale, é uma das referências no vasto acervo do museu. Em fotos, imagens e outras ferramentas, o espaço mostra as mudanças socioeconômicas no Maranhão, no transporte do trilho ao mar, o modo vida à época e outras vertentes.
A contadora Valbiane Lobato, pela primeira vez conhecia o espaço da Reffsa revitalizado e parabenizou o programa estadual. “É muito bom conhecer um pouco da nossa história e ainda mais por estarmos em uma cidade cultural e cheia de histórias como São Luís. Foi incrível essa decisão de revigorar um passado que muitos não conhecem e poder apresentar essa riqueza com cor e muitos detalhes”, pontuou.
A visitação na nova Reffsa está aberta ao público a partir das 14 horas. Todos os cuidados são tomados para prevenção ao coronavírus, como oferta de álcool em gel, respeito ao distanciamento social e aferição da temperatura dos visitantes. É obrigatório uso de máscara de proteção para quem permanecer no local de mostra das projeções em vídeo mapping e visitações. O prédio da Reffsa foi revitalizado pela Secretaria de Estado da Cultura (Secma).
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