A Secretaria de Meio Ambiente da cidade de Mangaratiba, na Costa Verde do Estado do Rio de Janeiro, informou que esteve novamente neste sábado (24) na casa do jogador Neymar. Os fiscais foram ao local para verificar se o embargo emitido na última quinta-feira (22), por crime ambiental, estava sendo cumprido.
A Secretaria identificou que o jogador promoveu desmatamento, quebra de rochas e desvio de um rio para a construção de um lago artificial.
Ao chegar no local, os fiscais identificaram movimentações na área interditada, o que caracteriza não só o rompimento do embargo, mas novas infrações ambientais. Por conta disso, o atleta foi multado novamente.
Nesta sexta-feira (23), o jogador esteve no imóvel e entrou no lago, ignorando a ordem de restrição emitida pela secretaria e pela Polícia Civil, que comandaram a ação realizada na véspera.
No mesmo dia, Neymar também recebeu participantes do curso e reality show da Genesis Experience, responsável pela obra, e outros parceiros do negócio.
A interdição da obra na mansão não impediu que o jogador desse uma festa para inaugurar o novo lago. O aviso colocado pelas autoridades no local, inclusive, foi usado como local para fotos durante o evento.
O jogador também posou para fotos, deu autógrafos e interagiu com o público que estava no local.
O comunicado do município de Mangaratiba não fala sobre o valor da nova multa.
“Diante disso, as novas provas, atestadas no auto de constatação n° 1.165, serão somadas ao processo já em curso, o que irá gerar novas infrações e multas, bem como, o encaminhamento de todos os relatórios elaborados nos últimos três dias aos órgãos de controle. Os valores totais das multas só serão somadas e emitidas após a sua apuração em processo administrativo com relatório técnico, documentos comprobatórios e parecer jurídico, o que deve acontecer na próxima semana.”
A prefeitura informou apenas que a obra foi “embargada como medida cautelar para parar a degradação, e que o trâmite processual agora é a elaboração de um relatório de fiscalização, que segue para análise jurídica.”
“Um juiz que definirá a exigibilidade das licenças cabíveis e as infrações a serem aplicadas. Somente após o parecer jurídico, que o requerente/infracionado poderá entrar com o pedido de regularização ambiental”, informou a prefeitura em nota.
O documento informou que, até o início da tarde desta sexta (23), nenhuma licença ou autorização foi apresentada pelo jogador Neymar ou seus representantes, e que o embargo permanecia vigente.
Multa estimada em R$ 5 milhões
De acordo com a equipe da Secretaria de Meio Ambiente, o próximo passo será fazer o parecer das irregularidades constatadas e emitir a multa, a qual, segundo estimativas e diante do dano ambiental causado, não será menor que R$ 5 milhões.
Com informações do G1
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