Em conversa com a deputada estadual da Bahia, Olívia Santana, o governador Flávio Dino falou nesta terça-feira (23) sobre a importância de proteger aquilo que há de mais sagrado: a capacidade de zelar pela vida.

“É algo que parece elementar mas que tornou necessário ser proclamado como um traço diferenciador daquilo que está sendo chamado de necropolítica. Devemos chamar toda a sociedade para esta reflexão quanto à necessidade de cumprirmos esse dever básico de solidariedade. Temos que fazer tudo que estiver ao nosso alcance porque você não pode medir distância quando se cuida de algo tão sagrado, irreparável, como a perda da vida humana”, assegurou Dino ao falar das medidas adotadas no enfrentamento ao coronavírus no Maranhão.

Além das ações na área da saúde, Dino apontou o modelo educacional maranhense como um exemplo da conjugação de boas ideias com a capacidade de fazer acontecer, com a dimensão prática do cotidiano.

“A educação traz isso porque você sinaliza claramente a sua opção de combate à desigualdade social. Uma boa escola é uma agência de promoção de justiça social agora e para frente. Por isso priorizamos a causa da educação”, disse o governador do Maranhão ao citar o programa Escola Digna, fruto de uma construção ampla com educadores, professores e estudantes de todo o estado.

“O programa Escola Digna, semelhante ao Bolsa Família, é algo indestrutível. Ou seja, qualquer novo governo manterá o programa Escola Digna porque ele se incorporou na fala dos educadores, dos estudantes. Todos vemos o resultado, a mudança e os efeitos tão concretos e reais”, afirmou o governador.

O Maranhão que antes não possuía nenhuma escola em tempo integral hoje possui mais de 50 escolas nesse modelo. O amplo investimento em educação reflete ainda, por exemplo, no pagamento do maior salário de professores da rede estadual do país para professores de 20h e 40h semanais, o que significa mais do que o dobro do piso nacional.

O governador tem justificativa para a opção de nortear as políticas públicas em prol da população mais carente. “Sou filho da Teologia da Libertação e isso norteia toda a minha vida”, aponta.  Ele cita a corrente teológica cristã que parte da premissa de que o Evangelho é voltado para as pessoas que mais precisam, como um caminho para libertação das mais injustas condições sociais, políticas e econômicas.

Ascom