O governador do Maranhão, Flávio Dino, disse que “não adianta (Bolsonaro) mentir” sobre os incêndios florestais na região amazônica e que os governadores da Amazônia Legal não querem que o Brasil “seja visto como um vilão ambiental”.

“Não se coloca incêndio debaixo do tapete. Incêndio a gente apaga. Não adianta mentir, é feio e aprendemos desde criança. Não adianta qualquer líder brasileiro comparecer a fórum internacional e mentir. Temos que defender o Brasil, nossos produtos e nossa economia”, disse.

Flávio Dino demonstrou ainda preocupação com a política externa adotada pelo governo federal, que pode isolar o país na questão ambiental, prejudicando inclusive a retomada da economia.

“Quer queiramos ou não queiramos, a imagem do Brasil está diretamente associada aos temas ambientais. A Amazônia é estratégica perante o mundo, para projetar uma imagem positiva da nossa nação. Sem um olhar adequado, podemos sofrer sanções institucionais, pelas instâncias supranacionais, ou sanções difusas, aquilo que nós chamamos de má vontade. Não queremos que nosso país seja visto como um vilão ambiental”, assegurou.

As declarações do governador Flávio Dino foram dadas durante a abertura do 21º Fórum de Governadores da Amazônia Legal, que ocorria no mesmo instante em que Jair Bolsonaro proferia discurso em evento da Organização das Nações Unidas (ONU).

Em vídeo gravado para a ONU, Bolsonaro disse que “índios e caboclos” são responsáveis pelas queimadas na floresta amazônica e que, por ser úmida, a floresta “só pega fogo nas bordas”.

Ascom