A mulher de 36 anos encontrada presa dentro de um túmulo no cemitério municipal da cidade de Visconde de Rio Branco (MG) passou ao menos 10 horas presa dentra da sepultura, segundo as autoridades. Na manhã desta terça-feira, coveiros que trabalham no local chamaram a Polícia Militar após encontrarem um sepulcro fechado com tijolo, cimento fresco e sinais de sangue, e ouvirem uma voz vinda da gaveta funerária.
A ocorrência foi classificada como tentativa de homicídio. A vítima foi retirada do local e levada para o Centro de Tratamento Intensivo do Hospital São João Batista, com sinais de desidratação e um corte na cabeça. Segundo a unidade de saúde, ela encontra-se estável e não corre risco.
Pelo relato da mulher, ela foi levada para o cemitério no final da noite de segunda-feira:
— Não temos ainda como precisar, já que ela está bem debilitada no hospital. Seria por volta de meia-noite, período em que ela ficou desarcordada, até as 10 da manhã, quando os policiais militares chegaram lá — conta o tenente Ely Dias Moreira, da PM-MG
De acordo com a versão apresentada pela vítima, ela aceitou guardar armas e drogas para uma dupla de criminosos locais. No entanto, ela alega ter sido roubada e, com isso, perdido o material. Como vingança, os dois a agrediram e a levaram para o cemitério.
A gaveta funerária na qual a vítima ficou presa foi lacrada com material de alvenaria, de acordo com a Polícia Militar.
— A motivação seria vingança em relação a desacerto quanto a armas de fogo. Ela apontou dois suspeitos, os quais foram devidamente qualificados pela Polícia Civil. Neste momento, tanto a Polícia Civil quanto a Militar encontram-se à procura dos dois autores visando prendê-los em flagrante delito — apontou o delegado Diego Candian Alves, responsável pelo caso.
Uma equipe militar chegou a ir até a casa dos suspeitos, que ainda não foram encontrados. O marido da vítima também teria sido agredido pela dupla, mas ele conseguiu escapar e fugir. Até o momento, não foi localizado.
Com informações do Jornal O Globo
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