Morreu na tarde desta terça-feira (02), por volta das 15h, a adolescente Yara Silva Santiago, 15 anos, que estava internada em coma na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) no Hospital Macrorregional de Coroatá. Ela estava no local desde o último dia 25 de março quando perdeu o bebê após dar entrada no Hospital Santa Gertrudes Melo Martins, em Pirapemas.
A família acusa o hospital de Pirapemas de negligência médica. O pai da vítima, um cantor de Pirapemas conhecido como Lambazuk, revelou que sua filha entrou em trabalho de parto e deu entrada no hospital às 8h, mas só foi atendida às 14h. Uma anestesia geral teria sido aplicada na garota e ela entrou em coma. Imediatamente os profissionais da saúde fizeram sua transferência para o Hospital Regional Adélia Matos Fonseca, no município de Itapecuru-Mirim, onde foi atendimento por um médico de plantão.
“Lá aplicaram essa injeção, anestesia geral, e ela entrou em coma, começou a dar convulsão, eclampsia, e encaminharam imediatamente para Itapecuru, sem tirar o menino, porque nessa hora é preciso tirar a criança. Se não ia morrer os dois”, relatou.
Após o procedimento em Itapecuru-Mirim, a adolescente foi encaminhada para o Hospital Macrorregional de Coroatá onde estava internada em coma na Unidade de Terapia Intensiva (UTI).
A família também acusa uma das enfermeiras de ter dado fim no prontuário. “Com certeza ela (enfermeira) pegou esse prontuário no caminho e jogou pela janela da ambulância. Porque lá tá dizendo tudo, o que foi aplicado e o que foi medicado na paciente gestante”, disse.
A pai também relata que a adolescente já tinha passado dos nove meses de gravidez e o hospital de Pirapemas se recusava a realizar o parto.
“Muitos dias atrás ela estava com dor e eles só olhavam ela e diziam que não iria parir agora. Aí passou dos nove meses e depois de uma semana depois que resolveram mexer na menina. E a menina quase todo dia ia no hospital e eles só olhavam e mandava ir embora. É assim o que eles fazem com todas as grávidas que chegam lá”, lamentou.
A família prometeu que vai procurar um advogado para entrar com uma ação contra os profissionais que prestaram o atendimento irregular da adolescente e contra o hospital de Pirapemas.
Se houve falha terão que pagar as consequências,Pois 2 vidas foram enterompidas.
Isto não pode virar rotina nunca..muito triste tudo isto.