Moradores do bairro São Vicente Pallotti, em Codó, denunciam a precariedade no atendimento da UBS Nossa Senhora de Fátima, localizada na Trizidela. Segundo relatos, para conseguir uma consulta médica, é preciso chegar ao local ainda de madrugada. Muitos chegam às 2h ou 3h da manhã para garantir uma das poucas fichas distribuídas às 6h. Sem outra opção, alguns acabam dormindo na praça ou na calçada da unidade.

As consultas só podem ser agendadas nas segundas, terças e quartas-feiras. Às vezes são oferecidas 16 fichas, outras vezes apenas 7 ou 8. Quem chega depois, mesmo que cedo, volta para casa sem atendimento. “Acordei às 4h e já tinha 15 pessoas na frente. Não consegui ficha”, relatou uma moradora.

A unidade conta com apenas dois médicos. Um deles atende somente às terças-feiras, e é muito procurado. Já a outra médica atende às quartas e quintas-feiras, mas tem sido alvo de críticas por parte da população, que questiona sua conduta profissional.

Além da dificuldade para agendar consultas, os serviços de enfermagem também estão precarizados. Faltam materiais básicos e alguns procedimentos simples, como o papanicolau, possivelmente nem estão sendo realizados. Pacientes têm sido encaminhados para outras unidades, como a UBS da Praça Almirante Tamandaré, que também resiste em atender moradores de outras regiões.

A comunidade compara a situação à vivida em gestões anteriores no HGM e cobra providências. Em cidades como São José de Ribamar, por exemplo, o agendamento de consultas pode ser feito a qualquer momento — algo que os moradores de Codó veem como um sonho distante.

Até agora, a Prefeitura de Codó e a Secretaria Municipal de Saúde não se manifestaram sobre o caso.