O ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta deverá ser demitido do cargo nesta segunda-feira, 6, por Jair Bolsonaro. No final da tarde, militares, como os ministros Walter Braga Netto (Casa Civil) e Luiz Eduardo Ramos (Governo), estavam tentando convencer o presidente a desistir da ideia, que ele já vinha anunciando a aliados em conversas por WhatsApp – chegou a dizer que resolveria a questão até a próxima quarta-feia.
O deputado federal Osmar Terra, ex-ministro da Cidadania, é o nome mais cotado para ocupar a pasta. A imunologista e oncologista Nise Yamaguchi, diretora do Instituto Avanços em Medicina, é outro nome forte para a vaga. Nise é a favor do confinamento vertical.
Apesar de não ser apontado como o favorito para o cargo, o diretor-presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Antônio Barra Torres, também é tratado como um nome forte para ocupar o lugar de Mandetta. Bolsonaro e Barra Torres têm se aproximado desde o início da crise em relação ao posicionamento do atual ministro da Saúde em relação às medidas de quarentena.
Osmar Terra já estaria ligando para os governadores para anunciar a decisão do presidente. O presidente, no entanto, tem postergado demissões de ministros sempre que o assunto é revelado pela imprensa, como ocorreu no caso de Vélez Rodríguez (Educação).
A mais recente pesquisa Datafolha havia apontado que entre os brasileiros que declararam ter votado em Jair Bolsonaro no segundo turno da última corrida presidencial, 82% classificaram como ótimo ou bom o trabalho da pasta comandada pelo médico e deputado licenciado Mandetta (DEM).
Terra, que foi ministro da Cidadania de Bolsonaro até fevereiro deste ano, tem defendido nos últimos posição contrária à de Mandetta na questão do isolamento social – a de que a medida não resolve e pode prejudicar a economia, mesma tese defendida pelo presidente.
Com informações da revista Veja
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