A crise no atendimento de crianças atípicas em Codó continua a se agravar. Após a recente reestruturação na rede municipal de saúde, diversas famílias têm denunciado a interrupção de terapias essenciais, a escassez de fichas para marcação de consultas e a falta de transparência na distribuição dessas vagas.
Uma mãe de uma criança autista nível 3 relatou que seu filho perdeu todas as terapias que realizava no Centro Especializado em Reabilitação (CEC). Em busca de atendimento, foi até o posto de saúde do bairro São Vicente Palloti, onde foi informada que não havia fichas disponíveis e nem previsão para novas marcações.
“Isso já foi hoje pela manhã. Quando foi agora de tarde, por volta das 13h15, uma colega minha me mandou uma foto de uma ficha que conseguiu para a filha dela. Lá, estão dando para quem eles querem. É revoltante e humilhante o que estão fazendo com nós, mães, que lutamos pela qualidade de vida dos nossos filhos”, desabafou.
As mudanças promovidas pela nova gestão na saúde de Codó têm gerado grande insatisfação entre os pais de crianças com transtorno do espectro autista (TEA) e outras necessidades especiais. Muitas delas não conseguem mais acesso a atendimentos médicos, fonoaudiólogos, terapeutas ocupacionais e outros profissionais indispensáveis para o desenvolvimento de seus filhos.
A falta de um critério claro para a distribuição de fichas e o cancelamento de terapias sem aviso prévio são alguns dos principais pontos de críticas. As famílias cobram uma resposta imediata das autoridades para resolver o problema e garantir o direito ao atendimento de seus filhos.
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