Nessa sexta-feira (27), um líder quilombola identificado como José Alberto Moreno Mendes, com 47 anos, foi baleado na comunidade Jaibara dos Rodrigues, localizada na zona rural do município de Itapecuru-Mirim, no interior do estado do Maranhão.

De acordo com informações da Polícia Civil do Maranhão (PC-MA), José Alberto estava próximo de sua residência por volta das 17h50, quando dois homens em uma motocicleta Honda Bros preta, sem placa, o abordaram.

Um dos suspeitos desceu da moto e disparou cinco tiros em direção à vítima. José Alberto foi atingido por três tiros no rosto e dois nas costas, e faleceu no local do crime. Ele deixa para trás sua esposa e quatro filhos.

O delegado regional de Itapecuru-Mirim, Samuel Morita, afirmou: “Todas as investigações já se iniciaram, o corpo foi mandado para o IML, para que a perícia fosse feita e pudesse esclarecer detalhes importantes, como coleta de projéteis, para que nosso inquérito seja robusto o suficiente, para a identificação da autoria”.

Segundo a Federação dos Trabalhadores Rurais Agricultores e Agricultoras Familiares do Estado do Maranhão (Fetaema), José Alberto é a décima vítima quilombola assassinada no Maranhão entre 2020 e 2023. A Fetaema ainda ressalta que, em nenhum desses casos, os responsáveis ou os mandantes foram identificados.

A Secretaria de Segurança Pública do Maranhão (SSP-MA) emitiu uma nota informando que a Polícia Civil já iniciou a investigação e está trabalhando para esclarecer o crime. A SSP também destacou que, assim que tomaram conhecimento do ocorrido, equipes das Polícias Civil e Militar foram enviadas para a região.

A Delegacia Geral de Polícia Civil nomeou um delegado da Superintendência de Homicídios e Proteção à Pessoa (SHPP) para acompanhar as investigações.

Além disso, a SSP informou que o corpo de José Alberto foi encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML) na noite de sexta-feira e foi liberado para a família na madrugada de sábado, 28 de outubro.

Uma equipe do Instituto de Criminalística (Icrim) foi deslocada para Itapecuru com o objetivo de realizar a perícia no local do crime, a fim de coletar o máximo de provas que possam auxiliar na investigação e na completa elucidação do assassinato, bem como na prisão dos envolvidos.

Com informações de O Imparcial